VÍDEO: Marcola admite liderança do PCC em vídeo e revela ascensão após assassinato da esposa

Declaração ocorreu em conversa com advogado e foi registrada pela primeira vez; líder nega envolvimento direto em acusações

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Marcos Herbas William Camacho, conhecido como Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), admitiu pela primeira vez que é o “chefe” da facção criminosa. Em uma reunião com seu advogado em janeiro de 2022, cujo conteúdo foi obtido recentemente pelo portal Metrópoles, Marcola detalhou o caminho que o levou à liderança do grupo, confirmando seu papel de comando nesta quarta-feira (7).

No vídeo, Marcola explica que assumiu o posto definitivo após o assassinato de sua esposa, Ana Maria Olivatto, fato que teria sido um ponto de virada em sua trajetória no PCC.

“É aí que eu me tornei o chefe do negócio. Porque antes disso daí [assassinato da Ana], eu não era chefe de nada, entendeu?”, declarou ele, sugerindo que até então atuava em uma função mais discreta.

Além disso, Marcola relatou que, antes de liderar a facção, ele desempenhava um papel de mediador durante crises de rebelião em presídios de São Paulo, estabelecendo uma ponte entre presos ligados ao PCC e um diretor penitenciário identificado como doutor Guilherme. Ele afirmou que não buscava a liderança, mas que o assassinato de sua esposa o motivou a assumir o comando:

“Se eles não matam a doutora Ana, eu estava na rua há 20 anos atrás já, entendeu… Quando mataram a minha mulher eu fui para cima desses caras ai. Esses caras que são os chefes da matança”.

Marcola também comentou sobre os processos judiciais que resultaram em sua condenação, somando mais de 300 anos de prisão. Durante a conversa, ele afirmou que nas denúncias que levaram a essas sentenças seu nome raramente era mencionado diretamente. Ele citou o caso de um réu conhecido como Chocolate, que teria sido torturado, e que ao ser questionado sobre a possibilidade de crimes dessa magnitude ocorrerem sem o aval de Marcola, respondeu que “achava que não”.

Em outra gravação, datada de julho de 2022, Marcola reiterou sua defesa, afirmando estar “sempre acusado de tudo”, destacando o caráter generalizado das acusações que recaem sobre ele.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Descubra mais sobre Caso de Política

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe seu comentário