Jornal londrino avalia que a China possui mais poder de barganha do que os EUA na guerra comercial, com diversas opções de retaliação que podem minar os efeitos das tarifas americanas
Caso de Polítca com Financial Times – O jornal londrino Financial Times avalia que as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses podem não surtir o efeito desejado pelo governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump. A análise aponta que a China possui diversas opções de retaliação e, portanto, detém “as cartas” na guerra comercial.
A Casa Branca anunciou, nesta quarta-feira (16), que os EUA imporiam tarifas de até 245% sobre produtos importados da China, em resposta à retaliação chinesa.
Segundo o Financial Times, a vantagem chinesa na disputa comercial se baseia em:
- Superávit comercial: Saldo positivo de mais de US$ 300 bilhões em relação aos EUA, facilitando a substituição de importações.
- Exportação de alta tecnologia: Venda de produtos como semicondutores para os EUA.
- Nearshoring: Transferência da produção para países do sudeste asiático, reduzindo a exposição às tarifas americanas.
- Títulos da dívida dos EUA: Possibilidade de utilizar a grande quantidade de títulos da dívida americana detidos pelo país como arma contra o dólar.
- Minerais críticos: Dependência dos EUA em minerais críticos chineses, cujas exportações já foram restringidas como resposta às tarifas.
A análise do Financial Times conclui:
“Beijing tem bastante poder de negociação em uma guerra comercial com os Estados Unidos. A questão é até que ponto pode usar essa vantagem sem sofrer ainda mais danos”.
China Promete Retaliar “Até o Fim” se EUA Impuserem Tarifas de 245%
A China respondeu com firmeza ao anúncio de que os Estados Unidos poderiam impor tarifas de até 245% sobre produtos chineses. O Ministério do Comércio chinês declarou que não se deixará intimidar pelo que chamou de “jogo de números sem sentido” dos EUA e alertou que, se seus direitos e interesses continuarem sendo violados, Pequim tomará contramedidas decisivas e lutará “até o fim”. A declaração eleva a tensão em meio à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, iniciada com a imposição de tarifas “recíprocas” por parte dos EUA.
O governo chinês, através de seu porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, e do chanceler Wang Yi, demonstrou cautela em relação aos números específicos das tarifas, mas reiterou a postura de que as medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos são infundadas, prejudicam os mercados globais e mancham a imagem da liderança americana. A China sinaliza que, apesar de manter a retórica diplomática, está disposta a escalar o conflito econômico caso Washington persista em impor medidas unilaterais consideradas ilegais.
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