
Município governado pela professora Beatriz cresce 86,46% e lidera ranking regional, enquanto Barreiras, a capital do Oeste baiano recua e reforça disparidade nos resultados; dados reforçam urgência de políticas territorializadas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em meio ao cenário desigual revelado pela atualização do Indicador Criança Alfabetizada em 11 de julho de 2025, o município de Cotegipe, no Oeste da Bahia, emerge como protagonista de uma virada educacional histórica. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a cidade governada pela professora Beatriz (PT) registrou um salto de 24,9% para 46,43% no percentual de crianças alfabetizadas na rede pública entre 2023 e 2024 – um crescimento de +86,46%, o terceiro maior crescimento da região.
O contraste com a realidade estadual é gritante. A Bahia, como um todo, recuou de 36,8% para 35,96% (queda de -0,84%), ficando distante da meta de 43,4% prevista para 2024. A média nacional, ao contrário, subiu de 56% para 59,2%, quase atingindo o objetivo nacional do ano. Esse cenário evidencia que os avanços e recuos na alfabetização têm causas localizadas e que a atuação municipal é decisiva para o sucesso ou fracasso.
Barreiras: símbolo do alerta vermelho
Maior cidade do Oeste baiano, Barreiras voltou a acender o sinal de alerta ao apresentar queda de 38,0% para 36,09% no índice de alfabetização de crianças (-1,91%). Apesar de levemente acima da média baiana, o município se distancia da liderança regional e revela, segundo especialistas, a necessidade de um plano de ação mais robusto, alinhado às diretrizes do Pacto Nacional pela Criança Alfabetizada.
Oeste baiano: contrastes acentuados
A fotografia dos dados divulgados pelo Inep reforça os extremos educacionais no território oeste da Bahia. Com base nos dados, observa-se que enquanto cidades como Cotegipe e Santa Maria da Vitória avançam, outras como Coribe e São Desidério enfrentam retrações drásticas.
Ranking Geral – Variação Percentual na Alfabetização (2023–2024)
Atenção: Municípios com dados incompletos, não informados ou com variações inferiores a 1 ponto percentual não foram incluídos nesta versão.
A amplitude desses resultados demonstra que o problema da alfabetização não se resolve com fórmulas genéricas. É necessário investir em políticas públicas regionalizadas, que considerem os desafios estruturais e sociais de cada município.
Cotegipe: o que explica o salto?
Educadores locais e membros da rede municipal apontam que o avanço de Cotegipe está relacionado a fatores como a formação continuada de professores, fortalecimento da gestão escolar, acompanhamento pedagógico sistemático e valorização da primeira infância como prioridade orçamentária. A liderança da prefeita Beatriz, com trajetória na educação, é vista como central na mobilização de esforços e alinhamento das metas educacionais com ações concretas.
Alfabetizar é garantir o futuro
A alfabetização na idade certa é mais do que uma meta estatística: é a base para o exercício pleno da cidadania. O sucesso de Cotegipe não representa apenas números positivos — é uma afirmação de que, mesmo diante de limitações financeiras e estruturais, é possível garantir o direito à aprendizagem com planejamento, compromisso e liderança política.
Com municípios como Cotegipe e Santa Maria da Vitória abrindo caminhos, e com cidades como Barreiras exigindo reorientação urgente, os dados do Inep 2025 mostram que o futuro da educação baiana dependerá menos de discursos genéricos e mais de ações localizadas, pactuadas e monitoradas de forma contínua.
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