
Presidente dos EUA anuncia envio de cartas cobrando tarifas comerciais; Brasil está entre os países afetados e recebe sanção de 50% em importações
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (17) o envio de notificações tarifárias a mais de 150 países, intensificando sua estratégia de pressão econômica global. Segundo ele, cada país receberá uma carta com uma cobrança formal de tarifas de importação — uma ofensiva que, na prática, busca forçar renegociações comerciais sob os termos mais vantajosos aos EUA.
“Será tudo igual para todos, para esse grupo”, disse Trump, em tom de ultimato, durante declaração na Casa Branca.
A medida atinge diretamente parceiros comerciais menores e intermediários que, segundo o presidente republicano, “não são grandes” e “não fazem tanto comércio assim” com os Estados Unidos. Ainda assim, o movimento é significativo por escancarar a disposição de Washington em romper padrões tradicionais do comércio multilateral, apostando em confrontos diretos país a país.
As cartas devem chegar ainda em julho e as novas tarifas passam a valer a partir de 1º de agosto, caso não haja tratativas imediatas. O Brasil está entre os países atingidos. Na terça-feira (15), Trump justificou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros com uma frase que simboliza o unilateralismo de sua política externa:
“Porque eu posso fazer”.
Embora tenha ensaiado, em outras ocasiões, disposição para negociar, o presidente tem sinalizado pouca paciência com interlocutores que não atendem prontamente às exigências americanas. Com isso, as cartas tarifárias se tornam mais do que notificações: representam um aviso de guerra comercial em escala ampliada.
O anúncio também marca uma nova escalada na estratégia eleitoral de Trump, que tenta capitalizar a retórica do “America First” em meio à campanha de reeleição. Ao mirar em dezenas de países ao mesmo tempo, o presidente reforça o discurso de que os Estados Unidos não aceitarão mais relações que ele considera “injustas” — ainda que isso signifique isolar aliados históricos e comprometer cadeias produtivas globais.
A reação internacional ainda é incerta, mas especialistas preveem retaliações pontuais e a possibilidade de reagrupamentos comerciais entre países prejudicados, especialmente se Washington insistir em manter a linha dura sem diálogo. O Brasil, que já enfrenta sanções unilaterais sem contrapartida, terá de escolher entre o confronto ou a submissão a novas condições comerciais.
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