A vereadora expôs o impacto nos servidores e questiona continuidade de práticas da gestão anterior
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A vereadora Carmélia da Mata (PP), de Barreiras, voltou a criticar publicamente o atraso no pagamento dos salários dos servidores da saúde. A denúncia foi feita nesta segunda-feira (27), em suas redes sociais, trazendo à tona uma questão recorrente que impacta diretamente o bem-estar dos profissionais, dos pacientes e da economia local.
Em sua declaração, Carmélia destacou a situação crítica enfrentada por médicos e outros profissionais da área, alguns com atrasos salariais que chegam a 15 dias. Ela cobrou diretamente o prefeito, questionando a gestão dos recursos e a continuidade de práticas que, segundo ela, têm prejudicado os trabalhadores:
“Eu quero falar aqui para o novo prefeito, o povo está sem salário da saúde… não pode uma coisa dessas. Os pacientes estiveram hoje cedo na UPA… uma pena que foi num horário em que praticamente não tem ninguém para você conhecer e ver a situação da vida… de verdade… e ver o povo reclamar.”
A parlamentar também reforçou que o atraso nos pagamentos compromete a qualidade de vida dos trabalhadores e pediu mais responsabilidade com as finanças públicas:
“Salário é vida… Quem deve tem que pagar, né… o pessoal está sem receber. Tem médicos que têm quinze dias ainda sem receber… então chegou a hora.”
A análise política da situação evidencia dois pontos principais: o impacto direto no dia a dia dos servidores e as consequências econômicas para Barreiras. Com o atraso nos salários, muitos profissionais enfrentam dificuldades financeiras, afetando o consumo local e gerando um efeito dominó no comércio e nos serviços. Além disso, a gestão municipal sofre desgaste político, principalmente diante de uma cobrança tão pública.
O discurso de Carmélia ainda revela um ponto de tensão: a relação da atual administração com práticas herdadas do governo anterior. Ao citar “parceria no governo”, a vereadora sugere que o problema pode ter raízes estruturais, exigindo uma mudança de postura por parte da gestão atual.
Se a situação não for resolvida rapidamente, além da insatisfação entre os servidores, o município corre o risco de enfrentar paralisações ou ainda o agravamento na qualidade do atendimento público de saúde. Com isso, o desgaste político da administração pode ser ainda maior, colocando em xeque a confiança da população.
A denúncia de Carmélia da Mata vai além de uma reclamação pontual. Ela chama atenção para uma crise que atinge diretamente a população, ao mesmo tempo que desafia a gestão municipal a provar sua capacidade de lidar com questões financeiras e operacionais. A resposta a essa situação não apenas definirá o futuro da saúde pública, mas também o desempenho político do governo.
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