Acordo de até US$ 7 bilhões com a Flexjet impulsiona ações da empresa e reforça demanda no setor de aviação executiva.
Caso de Política com Infomoney – A Embraer (EMBR3) registrou uma valorização expressiva de 15,51% nesta quarta-feira (5), fechando a R$ 66,37, após anunciar sua maior venda de jatos executivos da história. A fabricante brasileira assinou um contrato de até US$ 7 bilhões (cerca de R$ 40,4 bilhões) com a norte-americana Flexjet, envolvendo aproximadamente 200 aeronaves. As informações são do InfoMoney.
A XP Investimentos classificou o acordo como positivo, destacando que ele reduz riscos de execução e amplia a visibilidade da receita da empresa, um fator crucial para sua reavaliação no mercado. A corretora estima que o negócio elevará o índice book-to-bill da divisão de jatos executivos para até cinco vezes em relação à receita de 2024, garantindo previsibilidade de faturamento pelos próximos anos.
O Itaú BBA apontou que o pedido reforça a confiança dos investidores no momento favorável da companhia. A ampliação do backlog praticamente dobra a carteira de pedidos da Embraer, sustentando uma expectativa de crescimento do Ebitda de pelo menos 10% ao ano até 2028, o que pode levar a uma taxa interna de retorno (TIR) de até 20%, considerando também o avanço das áreas de aviação comercial e defesa. O banco reiterou recomendação de compra e fixou o preço-alvo dos recibos de ações negociados nos EUA (ADRs) em US$ 51.
O Bradesco BBI também avaliou a transação como um indicativo de forte demanda no segmento de aviação executiva. Segundo suas estimativas, as entregas devem ocorrer entre 2026 e 2030, com um valor presente líquido (VPL) de US$ 383 milhões. O banco projeta um potencial de alta de 5% no preço da ação e prevê que a Embraer possa ampliar sua produção para 150 jatos executivos anuais a partir de 2026. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de US$ 43 para 2025.
Já o JPMorgan destacou que o contrato adiciona cerca de US$ 6 bilhões à carteira total de pedidos da empresa, elevando o backlog de jatos executivos em 2,4 vezes, para US$ 10,4 bilhões, o que equivale a uma duração de aproximadamente seis anos. O banco estima que esse pedido pode gerar uma valorização de quase 30% nos papéis da Embraer, considerando o múltiplo EV/backlog histórico de 0,3 vez. No aspecto operacional, a margem EBIT projetada entre 10% e 12% pode adicionar até US$ 720 milhões ao resultado da companhia nos próximos cinco anos, representando um crescimento de até 17% na estimativa de EBIT para o período.
Atualmente, a Embraer negocia a um múltiplo de 8,3 vezes EV/EBITDA para 2025, posicionando-se abaixo da Boeing (38,2 vezes), Airbus (12,4 vezes) e Bombardier (7,2 vezes). O JPMorgan reiterou recomendação de compra e estabeleceu o preço-alvo da ação em R$ 78.
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