Aliados preveem Bolsonaro condenado até o fim do ano e descartam anistia no STF

Defesa do ex-presidente aposta em manobras políticas, mas julgamento pode ser acelerado para evitar impacto nas eleições de 2026

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) projetam que o Supremo Tribunal Federal (STF) busque uma condenação do ex-presidente até dezembro deste ano, impedindo que o caso se estenda para o período eleitoral de 2026. A estimativa leva em conta o ritmo dos julgamentos recentes da Corte e a pressão para que a decisão não interfira na disputa presidencial.

Bolsonaro foi indiciado em novembro do ano passado pela Polícia Federal sob acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, crimes que podem levar a uma pena de até 28 anos de prisão. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa o relatório final da investigação e deve apresentar a denúncia formal ainda em fevereiro.

A partir da acusação, o processo avançará para a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, que avaliará se há elementos suficientes para a abertura de uma ação penal. A expectativa nos bastidores é de que a denúncia seja aceita por unanimidade. Se o cronograma for seguido conforme as projeções dos aliados mais cautelosos do ex-presidente, o julgamento poderá ocorrer entre outubro e dezembro de 2025, com possibilidade de Bolsonaro recorrer antes de uma eventual ordem de prisão.

Apesar das movimentações no Congresso para aprovar um projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, a proposta não deve prosperar. Mesmo que avance entre parlamentares alinhados a Bolsonaro, a avaliação interna do grupo é que o STF derrubaria a medida rapidamente. “A anistia não sobrevive 15 dias no Supremo”, admitiu um interlocutor bolsonarista.

Diante desse cenário, aliados do ex-presidente apostam em estratégias para adiar ao máximo o desfecho do caso. No entanto, a avaliação predominante entre juristas é de que, caso a condenação ocorra, o STF poderá impor restrições imediatas, impactando diretamente o futuro político de Bolsonaro.

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