População denuncia precariedade no sistema público de saúde, enquanto prefeito reconhece falhas, mas não apresenta soluções concretas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A saúde pública de Barreiras vive um cenário de caos, com unidades de atendimento em estado precário, demissões arbitrárias de profissionais e falta de investimentos estruturais. Pacientes relatam filas intermináveis, escassez de médicos e funcionários sobrecarregados, enquanto a gestão municipal promete melhorias, mas não apresenta soluções imediatas para os problemas enfrentados pela população.
Em entrevista ao Blog Fala Barreiras, o prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil) reconheceu os desafios da saúde municipal, mas limitou-se a destacar a construção do novo Hospital Municipal, previsto para ser inaugurado em 2025 com mais de 150 leitos. Contudo, não apresentou medidas concretas para solucionar a crise atual, como a contratação emergencial de servidores ou a realização de concurso público.
Postos de Saúde operam no limite
A situação é crítica em várias unidades de saúde do município. No posto Emilly Raquel, um morador relatou em um grupo de WhatsApp a precariedade do atendimento:
“Amigo, que descaso! O Emilly Raquel está sem profissionais. A recepcionista entrega remédios, a moça da triagem aplica medicação. Apenas duas funcionárias para fazer vários procedimentos! Muitas pessoas e crianças esperando.”
Os relatos se repetem em outras unidades, com filas longas, falta de insumos e postos que deveriam funcionar até a noite fechando mais cedo por falta de profissionais.
Demitida após denunciar falta de materiais na UPA
O caos na saúde pública de Barreiras não afeta apenas os pacientes, mas também os profissionais. Uma técnica de enfermagem foi sumariamente demitida após denunciar a falta de materiais na UPA da cidade. Segundo o Portal Caso de Política, a profissional foi dispensada sem um processo administrativo transparente, levantando suspeitas de perseguição política.
A justificativa oficial da demissão teria sido uma denúncia de suposto mau atendimento a um acompanhante. No entanto, colegas afirmam que a trabalhadora foi dispensada após relatar a falta de equipamentos básicos, como aparelhos digitais para aferição de pressão. O episódio reforça a fragilidade da gestão pública e o receio de represálias por parte dos servidores que denunciam as deficiências do sistema.
Unidades abandonadas e falta de manutenção
A precariedade da saúde municipal também pode ser vista no abandono das unidades. A vereadora Carmélia da Mata visitou a unidade de saúde Leonídia Aires e denunciou o estado de degradação do local. Em suas redes sociais, publicou um vídeo mostrando o matagal que tomou conta da entrada da unidade, a falta de iluminação e a precariedade da estrutura.
“Como é que a pessoa chega até aqui? O matagal tomou conta! Isso aqui é um retrato do descaso com a saúde pública.”
A vereadora ressaltou que a nova gestão da Secretaria de Saúde herdou problemas graves, mas precisa tomar providências imediatas para evitar um colapso ainda maior.
Enquanto a população sofre, soluções são adiadas
Diante da crescente insatisfação popular, o prefeito Otoniel Teixeira reafirmou que o novo Hospital Municipal será a solução definitiva para desafogar o sistema de saúde. No entanto, moradores questionam como a população conseguirá esperar por mais tempo sem atendimento digno.
A falta de medidas emergenciais para resolver a crise no presente gera indignação entre os barreirenses, que seguem enfrentando dificuldades para obter atendimento médico básico. Enquanto isso, a sobrecarga de trabalho dos profissionais e a falta de infraestrutura adequada reforçam a necessidade de investimentos urgentes na rede pública de saúde do município.
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