Blocos tradicionais de Barreiras reclamam de falta de apoio e apadrinhamento e abrem crise as vésperas da festa de Momo

Desamparo e insatisfação marcam os bastidores do “Barreiras Folia”, com acusações de favoritismo na distribuição de recursos e a ausência de apoio efetivo à cultura local.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A grande expectativa em torno do “Barreiras Folia 2025”, um dos maiores eventos da cidade, está sendo ofuscada por uma onda de insatisfação entre os organizadores de blocos carnavalescos locais. Enquanto a Prefeitura investe milhões no evento, o apoio a esses grupos tradicionais parece ser cada vez mais escasso. A falta de contrapartidas efetivas e o que muitos classificam como apadrinhamento de blocos mais favorecidos geram críticas pesadas e um clima de desmotivação generalizada.

De um lado, a Prefeitura de Barreiras, sob a gestão do prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil), gasta cifras milionárias com atrações e estrutura para o carnaval, mas, de acordo com diretores de blocos, o retorno para a cultura local tem sido irrisório. Entre as queixas, uma se destaca: a falta de comunicação e suporte por parte dos responsáveis, como o presidente da Associação dos Blocos de Barreiras, Ismael, e o secretário de Cultura, Gula, que, segundo os organizadores, têm sido omissos diante da necessidade de apoio.

“Não recebemos nenhum feedback sobre as contrapartidas que a Prefeitura poderia oferecer aos blocos, e isso nos leva a desistir de participar. Muitos de nós não podem mais arcar com os custos do carnaval”, disse um dos diretores de bloco. “É desmotivador. Enquanto milhões são investidos em atrações grandes, nós, que fazemos o carnaval com tanta paixão, ficamos à mercê da falta de apoio.”

Blocos tradicionais como “Quim Bahia”, “Príncipe e Princesas”, “Tio Emílio” e “Pirulito”, entre outros, lutam para manter a tradição do carnaval de rua, mas a falta de recursos tem sido um obstáculo.

“Nós fazemos o carnaval acontecer há anos com muito esforço e com recursos próprios. Mas esse ano, sem apoio, fica difícil manter a chama acesa”, desabafou outro diretor.

As críticas não se limitam ao simples descaso financeiro, mas também à ausência de diálogo entre os representantes dos blocos e os responsáveis pela gestão do evento.

“Fui até a Secretaria de Cultura tentar conversar, mas não consegui nem falar com o secretário. Fui até duas vezes na Prefeitura e nada. Isso é uma falta de respeito”, afirmou um dos organizadores, visivelmente frustrado.

Os diretores de blocos também apontam que a gestão do carnaval tem sido marcada pelo favoritismo e apadrinhamento de grupos com vínculos estreitos com a administração municipal, o que tem gerado um desequilíbrio na distribuição de recursos.

“Não podemos pagar o preço por brigas internas da gestão”, reclamou um deles, mencionando a recente troca de farpas entre o presidente da associação e o secretário de Cultura.

Em meio a essa crise de apoio à cultura local, a pergunta que paira na cidade é: qual será o legado do “Barreiras Folia 2025”? Para os blocos e seus organizadores, o que deveria ser uma festa de todos está se tornando um evento de poucos, deixando de lado aqueles que sempre fizeram do carnaval de rua uma tradição vibrante e inclusiva.

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