VÍDEO: Deputada propõe sessão só com macho: “Mulher deve submissão ao marido”

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) solicitou a realização de uma sessão em comemoração ao Dia da Família, em 15 de maio, somente para os homens na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão.

Durante uma sessão plenária realizada nesta quarta-feira (17), a parlamentar afirmou que teve “uma ideia divina para mostrar que o homem é o ‘cabeça da família’.

Nós comemoramos o Dia da Família em 15 de maio. E aí, veio uma ideia em meu coração, que eu acredito que seja divina, de nós fazermos uma sessão solene aqui, mas somente com homens para mostrar a toda sociedade que o cabeça da família é o homem”, disse.

A deputada reforçou que gostaria de ‘encher’ o plenário de ‘macho’, em seguida enfatizou que a mulher ‘deve submissão ao marido’ fazendo críticas ao feminismo.

“Doa a quem doer. Porque as feministas defendem que tenha esse direito de igualdade. Elas querem estar sempre em uma guerra contra o homem.”

Dos 42 assentos da Assembleia Legislativa do Maranhão, somente 11 são ocupados por mulheres na atual legislatura.

Ao final do discurso, Mical se dirigiu à deputada Iracema Vale (PSB), que é a presidente da Assembleia Legislativa e conduzia os trabalhos.

“A senhora, como católica praticante, a senhora sabe que o cabeça da família é o homem, assim como o Cristo é o cabeça da Igreja. Então vai ser lindo, para a glória do Senhor Jesus, essa sessão solene em comemoração da família. Nós vamos encher aqui esse plenário de homem, de macho, para dizer que ele representa essa instituição. A primeira instituição criada por Deus”.

A deputada Iracema respondeu na sequência. “A benção, Mical, é que a cabeça só vai para onde o pescoço leva, né?”, disse a presidente da Casa, gerando risos no plenário. O requerimento foi aprovado sem debate.

Mical Silva Damasceno já esteve envolvida em um caso de intolerância religiosa em setembro de 2023. Damasceno discutiu com líderes de religiões de matriz africana durante uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para debater casos de racismo religioso. Ela fazia parte do grupo que foi acusado de atacar o terreiro de mina “Ilê Axé Oxum Ôpara”.

Em 2022, Damasceno recebeu 52.123 votos e foi eleita para o seu segundo mandato na Assembleia Legislativado Maranhão. Defensora “da família e dos valores cristãos”, a parlamentar, apoiadora declarada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou entre os dez deputados estaduais mais votados na ocasião.

Durante o discurso, Damasceno também criticou as mulheres que pedem por igualdade de gênero. A deputada alegou que elas “querem sempre estar em guerra com os homens”.


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