Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Desde o dia 30 de dezembro de 2021, quando o ex-presidente da Câmara Municipal de Barreiras, Otoniel Teixeira, devolveu ao executivo a quantia de R$ 5 milhões para a construção de uma terceira ponte ligando o bairro de Barreirinhas ao centro da cidade, uma verdadeira comédia de erros se desenrolou.
A ordem se serviços da obra, que foi anunciada com muito cafézinho, água e álcool (gel) em 8 de abril de 2022, viu seu processo licitatório ser lançado apenas em 11 de maio de 2023. Até agora, a ponte continua sendo uma miragem. Parece que o projeto ficou preso na burocracia, ou talvez na gaveta de alguém que se esqueceu de abri-la.
E então, num ato que só pode ser descrito como uma tentativa desesperada de salvar as aparências, o prefeito Zito Barbosa anunciou que a licitação seria autorizada nesta próxima quinta-feira, 26 de junho. Porém, com a justiça eleitoral prestes a proibir propagandas e inaugurações, num passe de mágica digno de ilusionismo, a data foi misteriosamente desmarcada. E assim, mais uma vez, a população de Barreiras se vê aguardando uma nova agenda.
Zito Barbosa parece estar em uma corrida frenética contra o relógio, possivelmente acreditando que uma ponte prometida, mesmo que imaginária, possa servir como uma pinguela metafórica para o futuro de Barreiras. A ironia é quase palpável: uma ponte que ainda não saiu do papel, mas que já é parte do folclore local. Os moradores, com um misto de ceticismo e humor, observam esse espetáculo tragicômico, esperando que um dia a ponte se materialize – ou, pelo menos, que as promessas parem de cair na água.
E assim, faltando poucos dias para que a justiça eleitoral proíba gestores de fazer propaganda e inaugurações, a saga da ponte de Barreiras continua, um capítulo de cada vez.
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