Procurador-Geral da República avalia denúncia contra Bolsonaro no caso das joias sauditas

Relatório da Polícia Federal aponta envolvimento de ex-presidente e outros 11 Indiciados em esquema ilegal

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, recebeu nesta quinta-feira (1) o relatório da Polícia Federal que indiciou 12 pessoas no caso das joias sauditas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento, formalizado no dia 4 de julho, acusa Bolsonaro de liderar um esquema de venda ilegal de joias recebidas como presentes durante seu mandato.

Com base no relatório, Gonet decidirá quais investigados serão denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF), convertendo-os em réus, ou se proporá o arquivamento do caso por ausência de crime. A expectativa é de que Bolsonaro esteja entre os denunciados, já que a PF o aponta como o principal articulador do esquema. O prazo para a manifestação de Gonet é até 21 de agosto, com possibilidade de prorrogação se necessário.

Bolsonaro se defende das acusações, alegando que as normas sobre a aceitação e devolução de presentes são vagas e que já retornou as joias ao Tribunal de Contas da União (TCU) quando solicitado. Contudo, a pressão nos bastidores é alta para que uma denúncia formal seja apresentada, dado o envolvimento significativo do ex-presidente no caso.

Além de Bolsonaro, a lista de indiciados inclui figuras importantes de seu governo: Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia; Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social; Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro; José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia; Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal; Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do setor de presentes durante o governo Bolsonaro; Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia; Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid; e Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O desenrolar desse caso é observado de perto pela sociedade e analistas políticos, que veem nas decisões da Procuradoria-Geral da República um reflexo da postura do Judiciário em casos de corrupção e má conduta no setor público. A potencial denúncia contra Bolsonaro poderá ter repercussões significativas no cenário político brasileiro, especialmente em relação ao futuro do ex-presidente e sua influência política.

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