Coligação de Tito destaca-se com maior número de candidatos, enquanto Otoniel enfrenta desafios internos que podem impactar suas chances eleitorais
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O cálculo do coeficiente eleitoral, essencial para determinar quantos candidatos de cada coligação terão assento na Câmara Municipal de Barreiras, aponta um cenário competitivo. Com um eleitorado apto a votar de 107.089 pessoas e 19 cadeiras disponíveis, o coeficiente eleitoral para as eleições de vereador de 2024 na cidade é de 5.636 votos por cadeira.
Clique aqui e confira a relação dos 289 candidatos disponibilizada pelo TSE.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registra, no sistema DivulgaCand, que 289 candidatos concorrem às 19 cadeiras de vereador em Barreiras nas eleições de 2024. Esse número é menor que o registrado nas eleições de 2020, quando 309 candidatos disputaram as vagas, representando uma queda de aproximadamente 6,5% no número de postulantes ao cargo.
A coligação liderada por Tito, “A Mudança que Eu Acredito”, composta por seis partidos e duas federações, apresenta um total de 117 candidatos. Com o número máximo de candidatos permitido por partido (20, já que a legislação atual permite o número de cadeiras +1), essa coligação tem uma clara vantagem competitiva. A possibilidade de distribuir votos entre um maior número de candidatos fortalece as chances de obter múltiplas cadeiras, considerando que cada grupo atinja ou se aproxime do coeficiente eleitoral.
Em contraste, a coligação de Otoniel Teixeira, “Para Barreiras Continuar Mudando”, composta por oito partidos, enfrenta desafios significativos. Com apenas 59 candidatos apresentados, incluindo partidos com menos de 19 candidatos, a coligação pode encontrar dificuldades para atingir o coeficiente eleitoral necessário. A legislação atual, que permite o número de cadeiras +1, faz com que partidos que não atinjam esse limite percam força. O cenário é agravado pela aparente desorganização interna que demonstrou a dificuldade em encontrar candidatos dispostos a concorrer, o que pode comprometer a coesão do grupo e a eficácia da campanha. Não raro, o candidato e seus apaniguados surgem nas mídias com supostas cooptações de adversários, não se sabe a que custo ou razão. Talvez isso explique a falta de comprometindo da liderança de uma chapa governista em priorizar a cooptação em detrimento de chapas mais competitivas e equiparada aos concorrentes.
Danilo Henrique, à frente da coligação “Pra Frente Barreiras!”, apresenta uma composição de sete partidos, totalizando 95 candidatos. Com a maioria dos partidos apresentando o máximo de candidatos permitidos, essa coligação se posiciona bem para alcançar o coeficiente eleitoral, apesar de estar ligeiramente abaixo do número de candidatos da coligação de Tito.
Por fim, Davi Schmidt, com a coligação “Um Novo Caminho para Barreiras”, composta por apenas dois partidos e 18 candidatos, enfrenta um grande desafio. Com um número de candidatos significativamente menor, a capacidade de atingir o coeficiente eleitoral é reduzida, o que limita as chances de eleger um número expressivo de vereadores.
A análise dos números revela que coligações com um maior número de candidatos, próximos ou iguais ao máximo permitido, têm uma vantagem clara na disputa. A coligação de Tito, ao apresentar 117 candidatos, está melhor posicionada para maximizar o número de cadeiras conquistadas, enquanto Otoniel Teixeira enfrenta o paradoxo de aparecer como uma liderança forte na mídia, mas com uma base política fragilizada. Já Danilo Henrique e Davi Schmidt devem enfrentar desafios consideráveis, com o segundo em particular tendo dificuldades devido à escassez de candidatos.
Apesar de o coeficiente eleitoral estar calculado em 5.636 votos por cadeira, é importante destacar que esse número pode cair. O coeficiente eleitoral só pode ser conhecido com precisão ao término das eleições. Nas eleições municipais de Barreiras em 2020, por exemplo, o total de votos depositados em urna foi de 77.987, dos quais 74.106 foram válidos (95,02%). Nas eleições de 2020, houve 1.540 votos brancos (1,97%), 2.341 nulos (3,00%) e um elevado número de abstenções, 18.572 (19,23%). Esses números ilustram como fatores como abstenção e votos nulos podem impactar o coeficiente eleitoral final, potencialmente reduzindo o número de votos necessários para eleger um vereador.
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