O diretor do Instituto de Pesquisa Insight, levantou questões sobre a pesquisa Atlas/Intel e prometeu divulgar uma pesquisa. No entanto, é importante lembrar que, em entrevista anterior de julho de 2023, Moreno havia defendido enfaticamente o nome de Danilo Henrique, deixando transparecer o seu viés político
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na tarde desta sexta-feira, 16 de agosto, Rony Moreno, diretor do Instituto de Pesquisa Insight, concedeu uma entrevista ao radialista Marcelo Ferraz, no programa Impacto da rádio Oeste FM. Durante a conversa, Rony criticou a metodologia da pesquisa Atlas, que gerou polêmica na cidade de Barreiras.
Rony começou sua crítica destacando que, apesar de existirem diversas metodologias de pesquisa eleitoral, a pesquisa Atlas aplicada em Barreiras não seguiu práticas adequadas para uma cidade de porte médio. Segundo Rony, a metodologia utilizada pela Atlas falhou em aspectos fundamentais, o que comprometeu a precisão e a representatividade dos resultados.
Ele explicou que a pesquisa Atlas foi realizada predominantemente via internet, com um sistema de amostragem baseado em anúncios pagos nas redes sociais, como o Instagram. Esse método, de acordo com Rony, não leva em consideração a geografia e a peculiaridade de cidades menores como Barreiras. Ele destacou que, em cidades grandes, a pesquisa online pode ser válida, mas em municípios menores, onde a diversidade socioeconômica é significativa, o método falha em capturar a realidade local.
Rony criticou a falta de representatividade da amostragem, apontando que bairros como Santa Luzia, um dos mais populosos de Barreiras, tiveram apenas 25 entrevistados, enquanto áreas menos densamente povoadas receberam amostras desproporcionais. Ele destacou que uma pesquisa bem conduzida deve respeitar a geografia do município e garantir uma amostragem proporcional a cada região, refletindo a diversidade demográfica e socioeconômica local.
“Uma pesquisa precisa ter representatividade e respeitar a geografia do município”, enfatizou Rony. Ele criticou a metodologia da Atlas por não respeitar esses princípios básicos e por não fornecer dados suficientes para refletir com precisão a situação eleitoral em Barreiras.
Rony também mencionou que a Atlas não incluiu dados sobre a rejeição dos candidatos, o que é crucial para uma análise completa da opinião pública. Essa omissão, segundo ele, é um erro significativo que compromete a qualidade e a confiabilidade da pesquisa.
Ele prometeu que uma nova pesquisa será divulgada na próxima semana, seguindo métodos apropriados e garantindo uma análise precisa da situação eleitoral em Barreiras.
Ao final da entrevista, Rony reafirmou a importância da representatividade e da metodologia adequada nas pesquisas eleitorais, ressaltando que a precisão dos resultados depende de práticas rigorosas e bem aplicadas.
Em uma entrevista anterior, concedida em julho de 2023 na mesma rádio, e acompanhado na ocasião de um alto assesor da atual campanha de Danilo Henrique, Rony Moreno havia afirmado que acreditava na de Danilo Henrique, então secretário de Governo de Luís Eduardo Magalhães.
“Barreiras precisa rejuvenescer, modernizar a gestão, que passa pelas pessoas que estão à frente, trazer ideias novas, acabar com política de perseguição e a população está entendendo isso. Barreiras não é mais um município do tamanho dos vizinhos, é uma cidade de 160 mil habitantes, que vai ter 100 mil eleitores na próxima campanha. Somos um polo universitário e é preciso incluir o jovem na discussão política”, disse o cientista político na oportunidade.
De acordo com Rony Moreno, a intenção de votos em Danilo Henrique na pesquisa da época foi basicamente entre os eleitores de 16 a 24 anos, sinalizando que os jovens querem mudança e veem o possível candidato como jovem.
“O novo é Danilo, por conta da idade e que já faz uma gestão como secretário de governo de Luís Eduardo. Ele tem condições de crescer, anexar outros eleitores, se colocar como candidato. Hoje ele é a única novidade política neste meio.” disse Rony Moreno deixando transparecer o seu viés político na entrevista.
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