Juiz eleitoral adia divulgação de pesquisas enquanto questionamentos sobre manipulação de resultados ganham corpo em Barreiras
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A corrida pela prefeitura de Barreiras, protagonizada por Otoniel Teixeira (UB) e Danilo Henrique (PP), está marcada por intensas disputas jurídicas. Nos bastidores do judiciário eleitoral, ambos os candidatos têm travado uma verdadeira batalha, contestando propagandas eleitorais e disputando direitos de resposta. Em meio a esse cenário caótico e vexatório, as pesquisas eleitorais se tornaram o novo campo de conflito.
Conforme publicado pelo Portal Caso de Política em 29 de setembro, “Barreiras tem epidemia de pesquisas eleitorais“. Com sólida base no sistema PesqEle do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), naquela data haviam oito pesquisas registradas para a intenção de voto em prefeito na cidade de Barreiras. Entre essas, duas já foram divulgadas, três têm previsão de divulgação nos próximos dias, e outras três já não constam mais no sistema.
As pesquisas já publicadas incluem a polêmica SECULUS Consultoria, encomendada pelo portal Bahia Notícias, registrada sob o número BA-06241/2024 e divulgada em 30 de setembro, e a Fernandes Consultoria, que após questionamento judicial, teve sua regularidade confirmada pela justiça e foi publicada conforme previsto em 30 de setembro (BA-03659/2024).
Ainda estão previstas para divulgação os levantamentos:
- Instituto Verita (1º de outubro – BA-09083/2024),
- Census Instituto de Pesquisas (3 de outubro – BA-05469/2024),
- Inquest Consultoria e Pesquisa (4 de outubro – BA-09038/2024), e
- Fernandes Consultoria (4 de outubro – BA-02217/2024).
Contudo, três pesquisas não constam mais no sistema:
- Visão Cursos Pesquisas Eventos (30 de setembro),
- Real Time Mídia (2 de outubro), e
- Real Time Mídia (4 de outubro).
Entre os levantamentos que já não consta no sistema PesqEle do TSE, chama a atenção o Visão Cursos Pesquisas Eventos (Opinova), registrada para o dia 30 de setembro. A pesquisa realizada por uma empresa credenciada para realizar pesquisas eleitorais com menos de dois meses de existência é de saltar os olhos. A rapidez com que a empresa foi habilitada para atuar no cenário eleitoral levanta questionamentos sobre a qualidade, lisura e transparência dos dados que apresentaria.
O cenário eleitoral e a “guerra de narrativas”
O clima de desconfiança em Barreiras alimenta dúvidas sobre o real impacto dessas pesquisas eleitorais, especialmente quando fatores como a metodologia e origem das empresas responsáveis são questionáveis. A influência de resultados de pesquisas na formação da opinião pública é indiscutível, mas em Barreiras, parece haver uma tentativa deliberada de manipulação. “Quem estaria por trás dessas pesquisas? Quais os reais interesses dessas figuras ocultas?”
As pesquisas eleitorais, realizadas de forma suspeita, ganham vida como instrumentos de controle, lançando números que podem não refletir a realidade. Em vez de representar fielmente o cenário local, elas podem ser distorcidas para moldar percepções e favorecer interesses obscuros. É como se “um maestro invisível estivesse regendo a sinfonia” dos números, alterando as regras do jogo em meio a uma batalha de narrativas judiciais.
Ética questionada na encomenda de pesquisas
O advogado da campanha do candidato Otoniel Teixeira, Dr. José Henrique Ribeiro Piau encomendou e pagou pesquisa para intenção de votos para prefeito de Barreiras
Outro ponto que merece atenção é o fato de que José Henrique Ribeiro Piau, advogado da campanha de Otoniel Teixeira, encomendou pessoalmente uma pesquisa ao Instituto Census, registrada sob o número BA-05469/2024, prevista para divulgação em 3 de outubro. A proximidade entre o advogado da campanha e a encomenda de levantamentos eleitorais levanta dúvidas sobre a ética e a imparcialidade desse processo.
Será que o advogado deveria afastar-se da campanha para evitar possíveis conflitos de interesse? A questão paira sobre o ambiente eleitoral de Barreiras, que se encontra cada vez mais minado pela desconfiança e manipulação de dados. Ainda que a questão seja legal, é no mínimo imoral!
O portal Caso de Política desde o início desse processo eleitoral vem alertando que em uma cidade onde a “guerra de pesquisas” e das “narrativas” tornou-se o epicentro da disputa, o eleitorado precisa manter-se atento, discernindo o que é fato do que pode ser uma ilusão criada para moldar suas escolhas. A manipulação de números para influenciar os votos, seja por forças políticas ou interesses ocultos, ameaça a integridade do processo eleitoral e a confiança da população no resultado final podendo ferir gravemente a democracia, o poder de escolha do povo.
A questionável briga entre os candidatos Otoniel Teixeira e Danilo Henrique úma vez que num passado bem recente ambos ensaiavam uma dobradinha em uma mesma chapa. Os candidatos, ainda que separados na disputa, denunciam um adversário em comum onde o “Acordo de Brasília” parece estar mais vivo do que nunca!
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