Poeta e filósofo Antônio Cicero morre aos 79 anos na Suíça

Autor de obras marcantes da literatura e música brasileira optou pela morte assistida após complicações do Alzheimer

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Antônio Cicero, poeta, filósofo e letrista, morreu nesta quarta-feira (23) aos 79 anos, após complicações decorrentes do Alzheimer. A morte, confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), ocorreu na Suíça, onde o escritor decidiu realizar um procedimento de morte assistida. Cicero, que integrava a ABL desde 2017, era uma figura central da cultura brasileira e responsável por obras que atravessaram gerações.

Ao longo de sua carreira, Cicero deixou um legado profundo tanto na filosofia quanto na música. Autor de livros de ensaios e poesias, ele colaborou com artistas como Marina Lima, sua irmã, e Caetano Veloso, compondo letras que marcaram a MPB. Entre suas canções mais conhecidas estão “À Francesa” e “Fullgás”, que consolidaram sua posição como um dos mais notáveis letristas do país.

A escolha de Cicero pela morte assistida reflete sua abordagem filosófica sobre a vida e a liberdade de escolha, temas recorrentes em sua obra. Nos últimos anos, ele enfrentava o avanço do Alzheimer, condição que afetou sua saúde neurológica e levou à sua decisão. Em nota, a ABL lamentou a perda, exaltando o intelectual como “uma das mentes mais brilhantes da nossa contemporaneidade”, cujo trabalho abordava questões universais da existência e do tempo.

Embora sua presença física se vá, o impacto de Antonio Cicero permanece vivo na cultura brasileira, com sua obra literária e musical imortalizada em livros e canções que continuam a tocar o imaginário popular.

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