PGR encaminha pedido de extinção do PL a grupo de combate ao extremismo

Ação foi solicitada por André Janones e envolve investigações sobre atos antidemocráticos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos o pedido do deputado federal André Janones (Avante-MG) para que o Ministério Público Federal (MPF) solicite ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extinção do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. O despacho foi assinado em 25 de novembro pelo chefe de gabinete da PGR, Carlos Fernando Mazzoco.

Clique aqui e acompanhe a íntegra do documento.

 

Documento encaminhado para o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Aintidemocráticos

O grupo, criado para investigar atos extremistas como os ataques de 8 de janeiro, atua em parceria com o STF e coordena ações relacionadas à proteção da democracia. O documento de Janones menciona episódios que, segundo ele, ameaçam o sistema democrático, incluindo o atentado do “homem-bomba” em Brasília e o possível envolvimento de lideranças do PL em articulações golpistas.

Partido sob suspeita de práticas antidemocráticas

No pedido, Janones destaca que membros do PL, como o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Carlos Jordy, teriam contribuído para ações que atentam contra a ordem democrática. Para o parlamentar, a extinção do partido seria uma resposta à gravidade dos atos atribuídos à sigla.

“O STF já deixou claro que práticas antidemocráticas, especialmente promovidas por partidos políticos, são inaceitáveis. É fundamental que o MPF aja com rigor na defesa da ordem constitucional”, argumentou Janones.

Contexto e novas evidências

Bolsonaro e Valdemar divulgaram relatório falso mesmo cientes de inexistência de fraudes em urnas eletrônicas

Investigações recentes da Polícia Federal reforçam as suspeitas contra o PL. Documentos indicam que Valdemar da Costa Neto e Jair Bolsonaro teriam divulgado informações falsas sobre fraudes nas urnas eletrônicas, mesmo cientes de sua inexistência. A disseminação de fake news é apontada como parte de uma estratégia para fomentar desconfiança no sistema eleitoral e mobilizar apoiadores em torno de pautas golpistas.

Além disso, o relatório da PF revela que servidores da Abin e figuras internacionais, como o estrategista argentino Fernando Crimedo, participaram da elaboração e difusão das informações falsas, intensificando a crise institucional que marcou o pós-eleição.

Desdobramentos

O envio do pedido ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos marca um avanço nas investigações sobre a atuação de partidos políticos em práticas que ameaçam a democracia brasileira. A PGR sinaliza, com essa medida, que ações contundentes estão em curso para garantir a responsabilização de lideranças envolvidas em atos que ferem a ordem constitucional.

O futuro do PL está agora sob o escrutínio do STF, com possibilidade de medidas que podem mudar o cenário político nacional.

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