
Paciente com possível traumatismo cranioencefálico, liberado da UPA sob questionamento de familiares, faleceu na noite deste domingo (27), intensificando denúncias de negligência e expondo a fragilidade do sistema de saúde local, enquanto prefeitura se defende e Câmara agenda audiência pública
Caso de política | Luís Carlos Nunes – A morte do homem que recebeu alta considerada questionável da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Clarice Borges, em Barreiras, ocorreu na noite deste domingo (27), elevando ainda mais a indignação da população e a pressão sobre a administração municipal.
A família da vítima já havia registrado um boletim de ocorrência, denunciando possível negligência médica após o homem, com traumatismo cranioencefálico decorrente de uma queda de quadriciclo, ser liberado da unidade em estado grave e, infelizmente, não resistir.
O caso, que ganhou visibilidade através de um vídeo impactante nas redes sociais, onde o homem aparecia desacordado, teve seu desfecho trágico confirmado neste domingo, seis dias após dar entrada na UPA na noite de 18 de abril.
A notícia da morte intensifica as críticas sobre a qualidade do atendimento em saúde no município, que já vinham se acumulando com diversas outras queixas, como falta de pessoal, medicação, equipamentos por exemplo.
Na tentativa de se defender das acusações, a Prefeitura de Barreiras divulgou uma nota oficial na última quarta-feira (22), apresentando sua versão dos fatos. O comunicado da Secretaria Municipal de Saúde detalhou o atendimento inicial, alegando que o paciente foi prontamente avaliado e que, no momento da admissão, apresentava sinais de embriaguez e uma pontuação de 13 na Escala de Coma de Glasgow (ECG) – classificada como “leve” por protocolos médicos. A prefeitura também argumentou que o tempo de observação neurológica foi superior ao mínimo recomendado e que a alta foi concedida após melhora clínica e ausência de sinais que justificassem exames mais complexos como a tomografia de crânio.
Entretanto, a confirmação da morte do homem neste domingo lança uma sombra ainda maior sobre a narrativa da prefeitura e reforça as dúvidas da comunidade sobre a adequação do atendimento prestado na UPA. A fragilidade do sistema de saúde local fica ainda mais evidente diante da perda irreparável, em um momento em que a confiança da população nos serviços públicos de saúde de Barreiras já se encontrava abalada por relatos de outras deficiências.
Diante da crescente insatisfação e agora com a confirmação do óbito, a audiência pública agendada pela Câmara de Vereadores de Barreiras para a próxima quarta-feira (30) ganha ainda mais urgência e importância. A expectativa é que o debate entre especialistas, a população e representantes do poder público possa trazer à tona as falhas existentes no sistema e cobrar medidas efetivas para garantir um atendimento de saúde digno e responsável para todos os cidadãos. A morte do homem neste domingo clama por respostas claras e pela responsabilização da gestão municipal na garantia de um serviço essencial e que, neste caso, falhou em proteger uma vida.
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