
Alta de 12,2% na agropecuária impulsionou o desempenho da economia no início do ano; investimento e consumo das famílias também avançaram
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação aos três meses anteriores, com destaque absoluto para o agronegócio, que avançou 12,2% no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A agropecuária teve o maior impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB), sustentada por alta produtividade e safra robusta de lavouras como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). No acumulado de 12 meses, o setor cresceu 10,2%.
O PIB totalizou R$ 3,0 trilhões entre janeiro e março. Deste montante, R$ 2,6 trilhões correspondem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Os serviços cresceram 0,3% no trimestre, com destaque para os segmentos de informação e comunicação (6,9%), atividades imobiliárias (2,8%) e comércio (2,1%). Já a indústria ficou praticamente estável, com retração de 0,1%, puxada pela queda de 0,8% nas indústrias extrativas. Em contrapartida, a construção civil subiu 3,4%, acumulando seis trimestres consecutivos de crescimento. A indústria de transformação cresceu 2,8%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9%, com altas na agropecuária (10,2%), indústria (2,4%) e serviços (2,1%).
O investimento também teve desempenho positivo. A taxa de investimento atingiu 17,8% do PIB, acima dos 16,7% registrados um ano antes. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 9,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024, com destaque para a construção, importação de plataformas de petróleo, bens de capital e desenvolvimento de softwares.
O consumo das famílias subiu 2,6%, influenciado pela elevação da massa salarial real e pelo maior acesso ao crédito, mesmo diante dos juros altos. O consumo do governo cresceu 1,1%.
No setor externo, as exportações aumentaram 1,2%, impulsionadas por veículos, produtos agropecuários, papel e celulose e derivados de petróleo. Já as importações subiram 14%, com destaque para equipamentos de transporte, produtos químicos e máquinas.
No acumulado de quatro trimestres encerrados em março, o PIB avançou 3,5%. Entre as atividades industriais, os maiores crescimentos vieram da construção (4,6%), indústria de transformação (4,0%) e fornecimento de eletricidade e saneamento (2,4%). O setor de serviços também manteve expansão generalizada, especialmente em informação e comunicação (6,6%) e comércio (3,6%).
O consumo das famílias cresceu 4,2% e os investimentos, 8,8%. As exportações aumentaram 1,8%, enquanto as importações saltaram 15,6%.
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