
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Estimativa global de US$ 6 trilhões até 2030 será tema do Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, que ocorre neste mês no Rio e busca consolidar o protagonismo brasileiro rumo à COP30
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A urgência climática que desafia a humanidade exigirá, segundo estimativas recentes, cerca de US$ 6 trilhões em investimentos até 2030. A cifra, apresentada pela Comissão Global sobre Economia e Clima, não é apenas uma conta ambiental — é uma convocação à edificação de uma nova arquitetura civilizatória que concilie progresso, justiça e preservação.
A necessidade dessa mobilização será discutida no 2º Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN), que ocorre no Rio de Janeiro nos dias 26 e 27 de maio. Com foco na preparação para a COP30 em Belém (2025) e na transição da presidência do G20 e dos BRICS, o evento simboliza o momento de inflexão em que o Brasil se coloca no centro de uma encruzilhada global: ou assume a vanguarda da transformação, ou corre o risco de perder o compasso com o futuro.
Sete instituições da sociedade civil estão na linha de frente da organização: Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia. Juntas, essas entidades formam uma rede de mais de 600 representantes dos setores público e privado, da academia e da sociedade civil, empenhados na construção — palavra que aqui carrega mais do que um sentido técnico — de soluções integradas e sustentáveis.
No cerne do debate estarão temas como a criação de ambientes regulatórios que favoreçam investimentos em tecnologias limpas, políticas públicas que respeitem as vocações dos territórios e o desenho de mecanismos financeiros capazes de guiar as nações por um caminho de luz — não mais pelas veredas das trevas da omissão climática.
A travessia que se impõe exige mais do que recursos: pede visão, sabedoria, união e uma profunda reavaliação do que entendemos por desenvolvimento. A escada para um futuro possível já está delineada. Cabe aos construtores — públicos e privados — decidirem se vão assentar os degraus com equilíbrio, nível e prumo. Como em toda grande obra, o tempo da hesitação cobra seu preço. E o planeta, já exausto, não suporta mais atrasos.
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