
Vice-prefeito Túlio Viana tenta defender gestão em meio a protestos por negligência e polêmica envolvendo assessor de seu gabinete que ironizou a morte de munícipe
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara Municipal de Barreiras foi palco de uma audiência tensa sobre a saúde pública, realizada na quarta-feira (30/04), com a ausência do prefeito Otoniel Teixeira, que foi representado pelo vice-prefeito Túlio Viana. A população compareceu em peso para expressar sua insatisfação com a precariedade dos serviços de saúde no município.
Túlio Viana tentou defender a gestão municipal, apresentando dados e reafirmando o compromisso do Executivo com a saúde, reconhecendo inclusive a sobrecarga enfrentada pela rede pública. Ainda assim, a audiência foi marcada por intensas cobranças e por uma polêmica envolvendo um assessor de seu gabinete.
Enquanto familiares relatavam perdas e denunciavam negligência, viralizaram nas redes sociais falas de um assessor do vice-prefeito, com declarações consideradas insensíveis e chocantes. Entre elas:
“Eu não tô brincando com nada, não. Eu tô dizendo a realidade. Morreu, vai guardar? Não! Morreu, enterra!”
“Hoje eu vou falar o quê? Morreu, enterra, fi! E aí? Mumifica o corpo e guarda? Uai! Morreu, enterra! Não tô brincando, é natural! Morreu enterra!”
As declarações geraram forte indignação e, durante o evento, não foram comentadas por Túlio Viana.
Em suas falas, Túlio Viana fez a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e do papel da atenção básica. Reconheceu as dificuldades enfrentadas e elogiou a dedicação dos servidores:
“Quero iniciar defendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro como uma ferramenta indispensável à sadia qualidade de vida. Um instrumento previsto na Constituição Federal de 1.988, que garante a todas as pessoas, independentemente da cor, credo, condição financeira ou qualquer outra característica individual, o acesso a um serviço básico e essencial à vida: a saúde humana.”
Ao abordar o futuro da saúde no município, Túlio afirmou:
“O Hospital Municipal Edisonina é, sem sombra de dúvida, uma porta importante para a solução dos problemas da saúde do município.”
No entanto, não apresentou detalhes sobre o modelo de gestão ou o financiamento da unidade.
Conforme publicou o Portal Caso de Política, a minuta do contrato da Parceria Público-Privada (PPP) para o Hospital Municipal Edisonina Neves de Souza abre possibilidade de cobrança por serviços, ainda que financiado com recursos do SUS. Isso levanta questionamentos sobre a defesa do caráter universal e gratuito do sistema de saúde por parte da gestão municipal.
Túlio também tentou valorizar o esforço das equipes de saúde, dizendo:
“Nas veias da saúde do município de Barreiras, corre o sangue de cada servidor.”
E buscou relativizar as críticas, afirmando:
“É muito fácil prestar serviço quando se tem excesso de recursos.”
Apesar de adotar um tom conciliador em alguns momentos, a falta de resposta sobre a conduta do assessor e a persistência das reclamações da população evidenciaram a profundidade da crise na saúde de Barreiras.
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