
Levantamento do Portal Caso de Política, com base em dados do MP/BA, revela que municípios em emergência por seca e enchentes, como Jequié e Quijingue, mantêm gastos milionários, enquanto 120 cidades cancelam os festejos
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um levantamento organizado pelo Portal Caso de Política, com base nos dados do Painel de Transparência dos Festejos Juninos, revela que as celebrações de 2025 na Bahia movimentarão um total de R$ 459 milhões em contratações artísticas. A ferramenta oficial, liderada pelo Ministério Público da Bahia (MP/BA) e parceiros, mostra que 297 dos 417 municípios baianos (cerca de 71,2%) planejam realizar eventos, enquanto 120 cidades (28,8%) não terão celebrações.
A grandiosidade do evento se traduz em números: estão previstas 3.097 apresentações contratadas, envolvendo 1.309 artistas diferentes, o que aquece a economia e a cultura em quase todo o território baiano.
O município de Cruz das Almas, no Recôncavo, se destaca como o maior investidor, com um orçamento de R$ 9,5 milhões. No outro extremo, as cidades de Mutuípe e Pindobaçu aparecem com os menores valores declarados, destinando apenas R$ 10 mil cada.
O paradoxo: festas milionárias em cidades em crise
O cenário dos festejos juninos de 2025 é marcado por um profundo paradoxo: muitos municípios se preparam para celebrar sob a sombra de decretos de emergência por desastres climáticos, emitidos no mesmo período. A severa crise, que levou dezenas de cidades a decretarem situação de emergência por estiagem prolongada ou chuvas intensas, é a provável razão para os 120 municípios que optaram por não realizar as festas.
O levantamento do Portal Caso de Política expõe casos emblemáticos desta contradição:
Jequié, segunda no ranking de gastos com R$ 8,91 milhões, está na lista de cidades com situação de emergência reconhecida pelo governo federal até setembro de 2025. Embora o decreto não detalhe a causa, o histórico recente de alagamentos e chuvas intensas na região indica que o reconhecimento está associado a desastres climáticos. Ainda assim, o município manteve um dos maiores aportes financeiros nos festejos juninos deste ano.
Quijingue, que planeja investir R$ 5,25 milhões, foi reconhecida em emergência por estiagem pelo governo federal.
A mesma situação se repete com:
- Nordestina (R$ 3,53 milhões – emergência por seca)
- Paulo Afonso (R$ 3,93 milhões – emergência por seca)
- Itabuna (R$ 3,92 milhões – emergência por chuvas)
- Entre várias outras.
Essa simultaneidade entre a crise e o investimento festivo levanta um intenso debate público sobre a alocação de recursos e a prioridade das gestões municipais em momentos de adversidade.
Ranking do Oeste Baiano
Na região Oeste da Bahia, os investimentos também são significativos, com Luís Eduardo Magalhães liderando o ranking regional com um aporte de R$ 4,97 milhões. O município, conhecido pelo agronegócio, mostra sua força também no fomento cultural.
A Ferramenta da Transparência
O Painel de Transparência é uma ferramenta colaborativa que envolve, além do MP/BA, os Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), a Rede de Controle da Gestão Pública, a UPB, a UCIB, o SEBRAE/BA e a UFBA.
A iniciativa reforça a importância do controle social sobre como o dinheiro público é aplicado na cultura e no turismo.
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Ranking completo de gastos por município – São João 2025
- Cruz das Almas – R$ 9.500.000
- Jequié – R$ 8.910.000
- Irecê – R$ 7.910.000
- Santo Antônio de Jesus – R$ 7.270.000
- Senhor do Bonfim – R$ 5.330.000
- Quijingue – R$ 5.250.000
- Conceição do Jacuípe – R$ 5.130.000
- Livramento de Nossa Senhora – R$ 5.090.000
- Luís Eduardo Magalhães – R$ 4.970.000
- Euclides da Cunha – R$ 4.670.000
- Camaçari – R$ 4.390.000
- Amargosa – R$ 4.300.000
- Tucano – R$ 4.290.000
- Coração de Maria – R$ 4.200.000
- Itatim – R$ 4.000.000
- Paulo Afonso – R$ 3.930.000
- Itabuna – R$ 3.920.000
- Santo Estevão – R$ 3.880.000
- Jaguarari – R$ 3.800.000
- Ilhéus – R$ 3.580.000
- Vitoria da Conquista – R$ 3.560.000
- Jeremoabo – R$ 3.540.000
- Nordestina – R$ 3.530.000
- Serrinha – R$ 3.370.000
- Eunápolis – R$ 3.280.000
- Iraquara – R$ 3.270.000
- Uauá – R$ 3.130.000
- Teolândia – R$ 3.100.000
- Jaguaquara – R$ 3.100.000
- Feira de Santana – R$ 3.070.000
- Capim Grosso – R$ 2.970.000
- Barra – R$ 2.950.000
- Itagibá – R$ 2.940.000
- Araci – R$ 2.920.000
- Riachão do Jacuípe – R$ 2.890.000
- Dias d’Ávila – R$ 2.890.000
- Itaparica – R$ 2.870.000
- Paripiranga – R$ 2.770.000
- Formosa do Rio Preto – R$ 2.700.000
- Barreiras – R$ 2.690.000
- Oliveira dos Brejinhos – R$ 2.690.000
- Conceição da Feira – R$ 2.690.000
- Valença – R$ 2.680.000
- Mulungu do Morro – R$ 2.660.000
- Barrocas – R$ 2.640.000
- Presidente Tancredo Neves – R$ 2.630.000
- Botuporã – R$ 2.620.000
- Porto Seguro – R$ 2.610.000
- Itapetinga – R$ 2.550.000
- São Gonçalo dos Campos – R$ 2.540.000
- Nova Soure – R$ 2.540.000
- Irará – R$ 2.490.000
- Itororó – R$ 2.450.000
- Sítio do Quinto – R$ 2.440.000
- Pojuca – R$ 2.380.000
- Cardeal da Silva – R$ 2.380.000
- Casa Nova – R$ 2.350.000
- Catu – R$ 2.310.000
- Banzaê – R$ 2.300.000
- Barra do Choça – R$ 2.280.000
- Jaborandi – R$ 2.220.000
- Camacan – R$ 2.170.000
- Araças – R$ 2.170.000
- Ribeira do Pombal – R$ 2.170.000
- São Felipe – R$ 2.170.000
- Anguera – R$ 2.130.000
- Ipirá – R$ 2.100.000
- Sátiro Dias – R$ 2.100.000
- Teofilândia – R$ 2.090.000
- Bom Jesus da Lapa – R$ 2.070.000
- Monte Santo – R$ 2.070.000
- Esplanada – R$ 2.070.000
- Itiúba – R$ 2.050.000
- Itarantim – R$ 2.050.000
- Iaçu – R$ 2.020.000
- Ibicuí – R$ 1.970.000
- Guanambi – R$ 1.910.000
- São Sebastião do Passé – R$ 1.880.000
- Mata de São João – R$ 1.870.000
- Mucugê – R$ 1.860.000
- Gandu – R$ 1.850.000
- Miguel Calmon – R$ 1.850.000
- Belo Campo – R$ 1.830.000
- São José da Vitória – R$ 1.830.000
- Wenceslau Guimarães – R$ 1.800.000
- Campo Formoso – R$ 1.800.000
- Macajuba – R$ 1.800.000
- Crisópolis – R$ 1.790.000
- Várzea Nova – R$ 1.790.000
- São Desidério – R$ 1.790.000
- Inhambupe – R$ 1.790.000
- Boquira – R$ 1.770.000
- Heliópolis – R$ 1.770.000
- Arataca – R$ 1.750.000
- Castro Alves – R$ 1.740.000
- Conceição do Almeida – R$ 1.740.000
- Entre Rios – R$ 1.740.000
- Barro Alto – R$ 1.730.000
- Ipupiara – R$ 1.720.000
- Uruçuca – R$ 1.720.000
- Serrolândia – R$ 1.710.000
- Iuiú – R$ 1.700.000
- Amélia Rodrigues – R$ 1.620.000
- Xique-Xique – R$ 1.620.000
- Queimadas – R$ 1.610.000
- Conceição do Coité – R$ 1.600.000
- Rio Real – R$ 1.600.000
- Serra do Ramalho – R$ 1.600.000
- Valente – R$ 1.590.000
- Poções – R$ 1.570.000
- Itamaraju – R$ 1.540.000
- Glória – R$ 1.510.000
- Ribeira do Amparo – R$ 1.500.000
- Governador Mangabeira – R$ 1.470.000
- Itiruçu – R$ 1.470.000
- Muquém de São Francisco – R$ 1.450.000
- Santa Maria da Vitória – R$ 1.440.000
- Prado – R$ 1.440.000
- Rio do Antônio – R$ 1.440.000
- Rafael Jambeiro – R$ 1.430.000
- Pilão Arcado – R$ 1.410.000
- Cachoeira – R$ 1.380.000
- Itajuípe – R$ 1.380.000
- Candeias – R$ 1.370.000
- Ibirataia – R$ 1.360.000
- Santanópolis – R$ 1.360.000
- Paramirim – R$ 1.340.000
- Lajedo do Tabocal – R$ 1.340.000
- Lençóis – R$ 1.340.000
- Paratinga – R$ 1.330.000
- Ituaçu – R$ 1.330.000
- Brumado – R$ 1.320.000
- Macaúbas – R$ 1.320.000
- Medeiros Neto – R$ 1.320.000
- Gavião – R$ 1.320.000
- Laje – R$ 1.300.000
- Ponto Novo – R$ 1.290.000
- Barra da Estiva – R$ 1.280.000
- Seabra – R$ 1.280.000
- Tapiramutá – R$ 1.280.000
- Maracás – R$ 1.250.000
- Souto Soares – R$ 1.250.000
- Mairi – R$ 1.240.000
- Tanhaçu – R$ 1.240.000
- Itapé – R$ 1.220.000
- Pé de Serra – R$ 1.220.000
- Tanque Novo – R$ 1.210.000
- Santa Brígida – R$ 1.150.000
- Capela do Alto Alegre – R$ 1.130.000
- Ubaíra – R$ 1.080.000
- Caém – R$ 1.080.000
- Tanquinho – R$ 1.060.000
- Baixa Grande – R$ 1.060.000
- Alagoinhas – R$ 1.050.000
- Boninal – R$ 1.050.000
- Tremedal – R$ 1.050.000
- Cabaceiras do Paraguaçu – R$ 1.040.000
- Alcobaça – R$ 1.010.000
- Mirangaba – R$ 1.000.000
- Jandaíra – R$ 990.000
- Igaporã – R$ 970.000
- Retirolândia – R$ 970.000
- Rio do Pires – R$ 950.000
- Ouriçangas – R$ 950.000
- Pindaí – R$ 940.000
- Terra Nova – R$ 930.000
- Mascote – R$ 930.000
- Serra Preta – R$ 920.000
- Teodoro Sampaio – R$ 910.000
- Olindina – R$ 910.000
- Piraí do Norte – R$ 910.000
- Ipiaú – R$ 900.000
- Nova Itarana – R$ 880.000
- Baianópolis – R$ 880.000
- Saúde – R$ 860.000
- Ipecaetá – R$ 860.000
- Antônio Cardoso – R$ 850.000
- Nova Viçosa – R$ 850.000
- Jiquiriçá – R$ 840.000
- Canudos – R$ 840.000
- Santa Rita de Cássia – R$ 830.000
- Camamu – R$ 830.000
- Mirante – R$ 820.000
- Nova Fátima – R$ 820.000
- Itaetê – R$ 810.000
- Nova Ibiá – R$ 800.000
- Abaré – R$ 800.000
- Santa Cruz da Vitória – R$ 800.000
- Pintadas – R$ 790.000
- Piripá – R$ 790.000
- Caetanos – R$ 780.000
- Piatã – R$ 770.000
- Itapitanga – R$ 770.000
- Contendas do Sincorá – R$ 760.000
- Cotegipe – R$ 760.000
- Aramari – R$ 740.000
- Macarani – R$ 740.000
- Jaguaripe – R$ 730.000
- Lagoa Real – R$ 720.000
- Ibirapitanga – R$ 700.000
- Morpará – R$ 700.000
- Mortugaba – R$ 700.000
- Pau Brasil – R$ 700.000
- Malhada – R$ 690.000
- Itaquara – R$ 640.000
- Conde – R$ 640.000
- Ituberá – R$ 630.000
- Elísio Medrado – R$ 610.000
- Ibipitanga – R$ 610.000
- Maragogipe – R$ 590.000
- Caculé – R$ 580.000
- Novo Horizonte – R$ 570.000
- Adustina – R$ 560.000
- Apuarema – R$ 560.000
- Marcionílio Souza – R$ 560.000
- Dom Macedo Costa – R$ 560.000
- Una – R$ 560.000
- Condeúba – R$ 550.000
- Fátima – R$ 550.000
- Ibirapuã – R$ 540.000
- Presidente Jânio Quadros – R$ 540.000
- Tabocas do Brejo Velho – R$ 530.000
- Brotas de Macaúbas – R$ 530.000
- Caravelas – R$ 530.000
- Ibicoara – R$ 530.000
- Utinga – R$ 520.000
- São Miguel das Matas – R$ 510.000
- Jacaraci – R$ 500.000
- Buritirama – R$ 500.000
- Manoel Vitorino – R$ 480.000
- Lafaiete Coutinho – R$ 470.000
- Salinas da Margarida – R$ 460.000
- Rio de Contas – R$ 460.000
- São Félix do Coribe – R$ 450.000
- Caldeirão Grande – R$ 440.000
- Ribeirão do Largo – R$ 440.000
- Remanso – R$ 430.000
- Ibotirama – R$ 430.000
- Cristópolis – R$ 430.000
- Pedrão – R$ 390.000
- Candiba – R$ 380.000
- Belmonte – R$ 370.000
- Itagi – R$ 370.000
- Uibaí – R$ 350.000
- Antônio Gonçalves – R$ 340.000
- Ubaitaba – R$ 330.000
- Aiquara – R$ 330.000
- Boa Vista do Tupim – R$ 320.000
- Brejões – R$ 300.000
- Dom Basílio – R$ 300.000
- Érico Cardoso – R$ 300.000
- Santana – R$ 300.000
- Maraú – R$ 300.000
- Cansanção – R$ 290.000
- Planaltino – R$ 280.000
- Andaraí – R$ 280.000
- Jussiape – R$ 280.000
- Novo Triunfo – R$ 270.000
- Juazeiro – R$ 260.000
- Ibititá – R$ 260.000
- Feira da Mata – R$ 250.000
- Barro Preto – R$ 240.000
- Caraíbas – R$ 230.000
- Ourolândia – R$ 220.000
- Ibiquera – R$ 220.000
- Abaíra – R$ 220.000
- Iramaia – R$ 210.000
- Planalto – R$ 190.000
- Aratuípe – R$ 180.000
- Candeal – R$ 180.000
- Cravolândia – R$ 180.000
- Quixabeira – R$ 170.000
- Jussari – R$ 170.000
- Iguaí – R$ 160.000
- Almadina – R$ 150.000
- Palmeiras – R$ 150.000
- Lajedinho – R$ 150.000
- Itanhém – R$ 140.000
- Nova Redenção – R$ 140.000
- Ichu – R$ 140.000
- Urandi – R$ 120.000
- São Gabriel – R$ 100.000
- Saubara – R$ 100.000
- Teixeira de Freitas – R$ 90.000
- Itacaré – R$ 90.000
- Biritinga – R$ 80.000
- Encruzilhada – R$ 80.000
- Muniz Ferreira – R$ 80.000
- Caetité – R$ 80.000
- Irajuba – R$ 70.000
- Barra do Mendes – R$ 70.000
- Canarana – R$ 50.000
- Floresta Azul – R$ 40.000
- Gentio do Ouro – R$ 30.000
- Central – R$ 20.000
- Mutuípe – R$ 10.000
- Pindobaçu – R$ 10.000