
Governador da Bahia critica torcidas ideológicas diante de possível tarifaço dos EUA e convoca setores produtivos a atuarem em conjunto; nova sede da Apex em Salvador é anunciada para ampliar exportações baianas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em meio ao risco real de retaliações comerciais por parte dos Estados Unidos, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), fez um apelo público à superação de rivalidades políticas em nome da defesa da economia baiana. A declaração foi feita nesta segunda-feira (4), durante reunião com representantes dos setores produtivos potencialmente impactados pelo aumento de tarifas anunciado pelo governo norte-americano.
“Não é hora de partidarismo. É hora de dar as mãos e trabalhar pela economia da Bahia”, afirmou Jerônimo, em tom firme.
O governador lamentou manifestações que celebraram o possível tarifaço como uma punição ao atual governo federal.
“Fiquei muito triste quando vi imagens de pessoas ajoelhadas, rezando para que as tarifas atingissem o Brasil. Isso não é comportamento patriótico. Isso não é comportamento de nenhum brasileiro”, criticou.
Jerônimo reforçou que seu papel como gestor estadual é dialogar com todos os setores, independentemente de posição política, buscando preservar investimentos, empregos e receitas. Ele garantiu que o Executivo baiano atuará em sintonia com empresários, produtores e exportadores.
“Vamos garantir proteção a quem gera emprego, renda e impostos para o nosso povo.”
Como medida concreta, o governador anunciou que no próximo dia 18 será inaugurada em Salvador uma sede da ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. A unidade funcionará como um núcleo estratégico para ampliar a presença de produtos baianos no comércio internacional.
“Passada essa urgência do tarifaço, vamos estruturar um grupo permanente de estudos sobre nosso potencial exportador, junto ao setor produtivo”, disse.
O discurso de Jerônimo insere-se no contexto de tensões comerciais entre os Estados Unidos e diversos países, agravadas pela nova postura protecionista do ex-presidente Donald Trump, que lidera as pesquisas eleitorais e ameaça impor tarifas abrangentes a nações com superavit comercial elevado com os EUA – caso do Brasil. A Bahia, com forte presença nos segmentos agroindustrial, petroquímico e mineral, pode ser duramente impactada.
Diante desse cenário, o governador baiano tenta posicionar o estado como protagonista nas articulações por uma resposta coordenada, técnica e despolitizada, mirando a estabilidade das exportações e a defesa dos empregos locais.
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