
Deputado do PL-SP, indiciado pela PF por coação no curso do processo, defendeu uso de caças e navios norte-americanos em território brasileiro. Declarações feitas dos Estados Unidos levantam críticas pela gravidade e pelo tom antidemocrático
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro na ação penal do golpe, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a causar polêmica ao sugerir, em entrevista ao portal Metrópoles, que o Brasil poderia precisar de uma invasão militar norte-americana no futuro. Segundo ele, “remédios diplomáticos” já não seriam suficientes e, em hipótese extrema, seria necessário recorrer a caças F-35 e navios de guerra dos Estados Unidos.
A fala, feita em solo norte-americano, é interpretada como um aceno à ingerência estrangeira nos assuntos internos do Brasil e levanta críticas pelo caráter antidemocrático e pela afronta à soberania nacional. Eduardo, que está nos EUA desde março, tem se dedicado a articular sanções contra autoridades brasileiras – em especial ministros do STF – e a economia.
Na entrevista, o parlamentar comparou o Brasil ao regime venezuelano e exaltou a fala da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que disse que o presidente Donald Trump não descarta “ação militar” em países sancionados. Eduardo classificou a posição norte-americana como “muito feliz”, sugerindo que seria um recado às autoridades brasileiras após a condenação de seu pai.
Além do tom alarmista, o deputado reforçou a narrativa de perseguição política, mesmo estando fora do país há seis meses e recebendo como deputado. Ele também reivindicou a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na lista de restrições da Lei Magnitsky como fruto de sua pressão em Washington. No entanto, Eduardo enfrenta acusações graves: já foi indiciado pela Polícia Federal por coação no curso do processo, justamente por tentar influenciar ilegalmente investigações contra Bolsonaro.
A declaração de um parlamentar pedindo intervenção militar estrangeira em território brasileiro reforça a radicalização de sua postura, marcada pela defesa de medidas de exceção, pela ausência de soluções democráticas e pela disposição de colocar interesses pessoais acima da estabilidade institucional.
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