
Infográfico Caso de Política com informações da UNEB e levantamento do Saúde Brasil do Ministério da Saúde
Sinprofe registra aumento de denúncias de assédio na rede pública de Barreiras e articula medidas de proteção; levantamento estadual mostra prevalência de dor e limitações físicas entre professores
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Sindicato dos Professores de Barreiras (Sinprofe) acendeu o alerta para a crescente onda de assédio e adoecimento entre docentes da rede pública municipal de Barreiras. Segundo a entidade, os professores enfrentam um ambiente de trabalho hostil, marcado por sobrecarga, metas abusivas, retirada de autonomia, instruções confusas, tratamento desrespeitoso e isolamento. As consequências são severas, afetando tanto a saúde física quanto a mental, com o desenvolvimento de Síndrome de Burnout, depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono e problemas cardiovasculares, podendo chegar a casos extremos, como o suicídio.
Em publicação recente, feita em sua página oficial, o Sinprofe relata constantes denúncias dos trabalhadores e detalha quatro formas de assédio recorrentes: moral, institucional, hierárquico e entre pares. Em resposta, a entidade tem articulado ações estratégicas junto a profissionais da Educação municipal, da saúde e ao corpo jurídico, onde promoverá reuniões, debates e suporte individual ecoletivo para fortalecer a proteção e a dignidade dos docentes.
Paralelamente, um levantamento da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) de setembro de 2024, com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) via acesso online e público a plataforma da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador (DIVAST), aponta que os professores baianos sofrem com Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT).
A análise sociodemográfica revela que 93% dos casos ocorreram em mulheres, com maior incidência na faixa etária de 40 a 49 anos.
Dor, diminuição da força e limitações de movimento foram os sintomas mais prevalentes, enquanto movimentos repetitivos, ambientes estressantes e jornadas acima de seis horas diárias constituem os principais fatores de risco.
Em relação à evolução dos casos, aproximadamente 22% apresentaram cura, 49% tiveram incapacidade temporária, 10% evoluíram para incapacidade permanente parcial e 1% para incapacidade permanente total, com os demais casos classificados em categorias diversas. Esses percentuais reforçam a necessidade de políticas preventivas e de intervenção, tanto para a saúde física quanto mental dos professores.
O Sinprofe enfatiza que o enfrentamento do assédio e do adoecimento docente deve ser prioridade, destacando a urgência de ações que promovam ambientes escolares seguros e valorizem a dignidade profissional, prevenindo impactos negativos sobre a aprendizagem e o bem-estar coletivo.
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