
Eures Ribeiro, anunciou “junta médica” persecutória; especialistas apontam que ignorância administrativa prejudica docentes e população
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, protagonizou mais uma polêmica ao publicar ataques a médicos e professores, criticando a emissão de atestados médicos e anunciando a criação de uma “junta médica” para revisar todos os documentos apresentados por servidores. A medida, além de persecutória, revela despreparo administrativo e ignorância sobre a realidade da saúde do trabalhador, agravando a tensão com categorias essenciais para o funcionamento do município.
A fala do prefeito deixou claro um profundo desconhecimento sobre a complexidade do trabalho docente. Ao insinuar que professores se afastam por “uma dor no dedo da mão” e que médicos transformaram os postos em “fábricas de atestados”, Eures demonstra, de forma discreta, mas inequívoca, sua ignorância administrativa. Além disso, possuir apenas o Ensino Médio Completo não o qualifica para, de pronto, questionar o trabalho médico ou a emissão de atestados, uma área que exige formação específica, ética profissional e conhecimento técnico aprofundado.
Assista o vídeo ao final.
Ao invés de criar uma junta médica com caráter punitivo, o prefeito deveria cumprir a legislação e estruturar um Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), que seria responsável por:
- Vistoriar as condições físicas e de segurança das escolas;
- Acompanhar a saúde física e mental dos professores;
- Garantir prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
- Apoiar os docentes em um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Professores de Bom Jesus da Lapa reagiram indignados à postura do gestor:
- “Atenção: professores também adoecem! É inacreditável como essa classe tão essencial não recebe apoio algum.”
- “Vá você para a sala de aula para saber se o professor fica doente ou não.”
- “Que fala degradante. É lamentável tal pensamento.”
- “A verdadeira situação do que acontece em sala de aula só sabe quem está no chão da escola… Professor também adoece, professor morre em sala de aula, e isso não ouvi você falar.”
- “E políticos que nem sequer trabalham? Muitos recebem salários injustamente e nem dão satisfação ao povo. Esse cidadão precisa ser responsabilizado por essa fala, assediando professores e médicos em tom de ameaça.”
As críticas também apontaram para o risco de assédio moral institucionalizado. “Ameaça também é crime”, escreveu um internauta. Outros destacaram que atestado médico é ato privativo da medicina, e não cabe a um prefeito desqualificar diagnósticos profissionais.
Ao insistir em ataques, ameaças e medidas persecutórias, Eures Ribeiro demonstra que prefere punir servidores adoecidos em vez de promover gestão responsável e proteção à saúde dos trabalhadores, expondo sua incapacidade administrativa e ignorância sobre o verdadeiro papel de um gestor público.
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