
A produção de soja do Brasil, maior produtor e exportador global da oleaginosa, deverá somar recorde no próximo ano
Reuters – A receita com as exportações brasileiras de soja, farelo e óleo, setor líder na geração de divisas para o país, está estimada em US$55,26 bilhões em 2026, alta de cerca de US$5 bilhões na comparação com 2025, graças a maiores volumes e preços dos produtos, apontou a associação do setor Abiove, nesta quarta-feira.
A Abiove, que projeta volumes recordes na exportação de soja e farelo, na expectativa de uma nova safra em máxima histórica no ano que vem, indicou que o maior impulso vem dos embarques do grão, que somariam US$46,07 bilhões, versus US$41,6 bilhões em 2025.
A exportação de soja do país em 2026 foi prevista em 111 milhões de toneladas, com alta de 1,4% sobre 2025, em ano em que o Brasil já tem ampliado sua participação nas importações da China, diante da disputa tarifária entre o país asiático e os Estados Unidos.
A produção de soja do Brasil, maior produtor e exportador global da oleaginosa, deverá somar recorde de 178,5 milhões de toneladas em 2026, alta de 3,9% na comparação com 2025, segundo a Abiove, que divulgou sua primeira estimativa para o novo ciclo nesta quarta-feira, em momento em que produtores ainda plantam a safra.
Apesar de uma esperada nova safra recorde do Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projeta preços médios mais altos da soja exportada do Brasil no próximo ano, a US$415/tonelada, versus US$380/t em 2025.
O crescimento anual esperado para a receita com os embarques do complexo soja (grão, farelo e óleo) não deverá resultar em um faturamento anual recorde, contudo.
Em 2023, quando os preços da soja estavam mais altos, acima de US$520/t em média, o Brasil exportou US$67,3 bilhões, considerando grão, farelo e óleo.
(Por Roberto Samora)