Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O filho mais jovem do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, agora se encontra no epicentro de uma tempestade jurídica. O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) formalizou denúncias contra ele, acusando-o de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. As investigações giram em torno do suposto uso de informações fraudulentas de sua empresa para obter empréstimos bancários não quitados.
Conforme apurado em um inquérito da Polícia Civil, Jair Renan teria se valido de uma declaração de faturamento falsa, alegando uma cifra de R$ 4,6 milhões da empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Com tal documento adulterado em mãos, ele e seu sócio, Maciel Alves, teriam buscado um empréstimo bancário.
O inquérito é categórico ao afirmar: “Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material (…) quanto ideológico.” Alega-se que o representante legal da empresa teria inserido informações inverídicas nos documentos, incluindo falsos faturamentos anuais.
Jair Renan e seu sócio, Maciel Alves. Foto: Reprodução
Segundo as investigações, Jair Renan e seu sócio teriam contratado pelo menos três empréstimos no Banco Santander. Adicionalmente, o filho do ex-presidente teria se beneficiado de parte dos valores obtidos ilicitamente, por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa.
Em seu depoimento, o filho do ex-presidente negou veementemente ter reconhecido suas assinaturas nas declarações de faturamento, além de rejeitar ter solicitado os empréstimos. Entretanto, peritos, testemunhas e até mesmo imagens mostrando seu login no aplicativo bancário desmentiram sua versão.
Esta não é a primeira vez que Jair Renan se encontra sob os holofotes da justiça. Anteriormente, em fevereiro deste ano, ele já havia sido indiciado, juntamente com Maciel, pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ademais, o filho do ex-presidente foi alvo de uma operação de busca e apreensão em agosto do ano passado, sob suspeita de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
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