Ex-secretário de Mogi das Cruzes entra no olho do furacão por contratação de empresa ligada ao PCC

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Marcos Soares, ex-Secretário de Governo da Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP, está no centro de uma controvérsia após a revelação de que ele contratou, em 2019, a empresa de Vagner Borges, envolvida em esquemas de corrupção ligados a facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Soares, que se destaca como um crítico veemente das contratações irregulares em prefeituras, especialmente aquelas vinculadas ao crime organizado, foi o responsável por oficializar o contrato.

De acordo com documentos obtidos, a empresa Vagner Borges Dias ME firmou um contrato com a Prefeitura de Mogi das Cruzes em julho de 2019, durante a administração do ex-prefeito Marcus Melo. O contrato visava o fornecimento de cereal e macarrão para a Secretaria de Educação. As assinaturas no documento incluem as de Vagner Borges, também conhecido como Latrell Brito, da então Secretária de Educação Juliana de Paula Guedes e do próprio Marcos Soares.

Nas redes sociais, Marcos Soares tem questionado a relação da Prefeitura de Mogi das Cruzes com o crime organizado. Em um de seus vídeos, ele indaga:

“Qual a relação que a Prefeitura de Mogi possui com crime organizado?”, e conclui: “Isso mostra claramente que o crime organizado está nas prefeituras, principalmente na prefeitura de Mogi”.

A Operação Munditia, que investiga o esquema, revelou que empresas ligadas a Latrell Brito obtiveram vários contratos com prefeituras, câmaras municipais e o governo estadual. Essas aquisições teriam sido facilitadas por propinas a autoridades e pela manipulação de concorrências em licitações. Latrell Brito e sua empresa, Vagner Borges Dias ME, tiveram um crescimento significativo em seus ativos durante o período de obtenção dos contratos, muitas vezes utilizando empresas em nome de funcionários para ocultar suas operações ilícitas.

A juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, responsável pela autorização do mandado de prisão de Latrell Brito, destacou em sua decisão o “aumento vultuoso” no patrimônio da empresa durante os anos em que conseguiu diversos contratos, apontando para práticas de enriquecimento ilícito e corrupção.

Esta situação coloca em evidência as complexas relações entre administrações públicas e o crime organizado, e levanta questões sobre a transparência e a integridade nos processos de licitação nas esferas municipais e estaduais.

Acompanhe na imagem abaixo a assinatura no contrato e clique aqui para baixar o documento em sua íntegra.

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