Na comparação com o trimestre anterior, alta chegou a 0,8%
Caso de Política com Agência Brasil – A economia brasileira demonstrou um desempenho sólido no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 2,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam uma retomada significativa, com um aumento de 0,8% em relação ao último trimestre de 2023, totalizando um PIB de R$ 2,7 trilhões de reais em valores correntes.
Os setores industriais e de serviços foram os principais impulsionadores desse crescimento, apresentando taxas de expansão de 2,8% e 3% respectivamente. Entretanto, a agropecuária registrou uma queda de 3%, atribuída principalmente às adversidades climáticas, como o El Niño, que impactaram a produção de culturas-chave como soja, milho, fumo e mandioca.
Apesar dos desafios enfrentados pelo setor agropecuário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os resultados positivos, destacando-os como um indicativo de que o Brasil está no caminho certo para a recuperação econômica. Lula enfatizou a importância de políticas que fortaleçam a demanda interna, citando o aumento do consumo das famílias e os investimentos do governo como elementos-chave para impulsionar a economia.
O crescimento industrial foi impulsionado principalmente pelas indústrias extrativas, que registraram um aumento de 5,9%, impulsionadas pela extração de petróleo e gás, bem como minério de ferro. Setores como eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos também contribuíram positivamente, com um crescimento de 4,6%, especialmente devido ao consumo residencial.
Os dados também revelam um aumento no consumo das famílias em 4,4% e nas despesas do governo em 2,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo, indicador do nível de investimento da economia, avançou 2,7%. No entanto, as exportações cresceram 6,5%, enquanto as importações aumentaram em 10,2%, contribuindo para um saldo negativo no setor externo.
Em termos trimestrais, o crescimento de 0,8% em relação ao último trimestre de 2023 representa uma recuperação significativa após um período de estagnação. O setor de serviços foi o principal motor dessa retomada, com um crescimento de 1,4%, impulsionado pelo comércio varejista, serviços pessoais e atividades relacionadas à internet e desenvolvimento de sistemas.
O cenário econômico promissor, no entanto, enfrenta desafios, como a recente tragédia climática no Rio Grande do Sul, que ainda não teve seus efeitos totalmente refletidos nos dados divulgados. No entanto, a análise detalhada desses impactos será possível quando forem disponibilizados os dados mensais referentes a esse período.
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