Crescimento impulsionado por preços de celulose, ouro e minerais, enquanto importações também registram forte alta
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As exportações baianas cresceram 4,5% em outubro, atingindo o recorde de US$ 1,14 bilhão, conforme dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan). Esse foi o maior valor registrado para o mês na série histórica, enquanto, em comparação, o mercado nacional apresentou retração de 0,74%. O crescimento baiano foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de produtos como celulose, ouro, minerais, cacau e café, que subiram em média 6,5%, compensando uma leve queda de 1,8% no volume exportado.
No acumulado de 2024, as exportações do estado somaram US$ 8,62 bilhões, uma alta de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o segmento da soja — principal item da pauta de exportação da Bahia — tenha enfrentado uma queda de preços devido à entressafra, o aumento médio de 7% nos preços dos produtos exportados ajudou a equilibrar a redução no volume embarcado, que foi de 0,68%.
A China permaneceu como o principal destino dos produtos baianos em outubro, com um aumento de 8,7% nas vendas. O destaque foi a América do Norte, onde as exportações subiram 50,7%, especialmente para os EUA, que registraram crescimento de 39,4%. Já as vendas para a América do Sul caíram 27,4%, enquanto a União Europeia teve alta de 25,6%, com a Espanha registrando um aumento expressivo de 536,2%.
Importações em alta refletem aquecimento econômico
No mesmo período, as importações baianas também apresentaram crescimento, alcançando US$ 955,5 milhões em outubro, uma alta de 39,6% em relação ao ano anterior. Desde o segundo trimestre, as importações mostram tendência de alta, intensificada pela demanda de combustíveis, que avançaram 128,3% em outubro.
No acumulado de 2024, o total importado chegou a US$ 9,29 bilhões, um crescimento de 24,5% — quase quatro vezes o aumento das exportações. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de 35,6% no volume importado, enquanto os preços médios dos produtos caíram 8,2%, indicando que o crescimento está mais associado à demanda por quantidade, refletindo o aquecimento econômico do estado.
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