
Cerimônia na Praça de São Pedro reuniu líderes mundiais e fiéis para homenagear o pontífice, cujo desejo era ser sepultado fora do Vaticano, em um caixão simples e com sua biografia destacando sua humildade
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma multidão de aproximadamente 50 mil fiéis e líderes mundiais se reuniu na manhã deste sábado (26) na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a missa exequial em homenagem ao Papa Francisco, falecido em 21 de abril de 2025, aos 88 anos, vítima de insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Após a cerimônia, o corpo do pontífice foi levado em cortejo pelas ruas de Roma até a Basílica de Santa Maria Maior, onde foi sepultado em uma cerimônia privada.
A missa foi conduzida pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, que ecoou a mensagem pacifista que marcou o pontificado de Francisco. “A guerra é somente morte de pessoas, destruição de casas, de hospitais e escolas. A guerra deixa sempre o mundo pior do que antes”, enfatizou o cardeal.
Entre os chefes de Estado e de governo presentes estavam o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, demonstrando a influência global do líder religioso.
O cortejo fúnebre percorreu cerca de 4 quilômetros, saindo do Vaticano em direção à Basílica de Santa Maria Maior. O sepultamento atendeu ao desejo do próprio Francisco, que solicitou um único caixão de madeira revestido de zinco, destoando da tradição de três caixões. Ele também optou por ser enterrado fora dos muros do Vaticano, um feito inédito desde a morte de Leão XIII em 1903.
O túmulo de Francisco, com a singela inscrição “Franciscus” em latim, será aberto à visitação pública a partir deste domingo (27). O rogito, documento que acompanha o corpo, reforçou a simplicidade que pautou a vida do pontífice, descrevendo-o como “um pastor simples e muito querido em sua Arquidiocese, que percorria amplamente, inclusive usando metrô e ônibus. Morava em um apartamento e preparava ele mesmo sua janta, porque se sentia como qualquer outro”.
Após a missa, o presidente Lula expressou seu desejo de que o próximo papa siga o legado de Francisco:
“Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele, com o mesmo coração dele, com os mesmos compromissos religiosos dele, com os mesmos compromissos com o combate à desigualdade que tinha o papa Francisco”. Ao deixar Roma, Lula também comentou sobre a guerra na Ucrânia, manifestando a esperança de negociações para o fim do conflito.
Com a vacância do papado, o cardeal Kevin Joseph Farrell assume interinamente a liderança da Igreja Católica. O conclave para a eleição do novo papa deverá ser convocado entre 15 e 20 dias após o falecimento de Francisco. Atualmente, 135 dos 252 cardeais estão aptos a votar, incluindo sete dos oito cardeais brasileiros.
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