Retaliação de Pequim eleva tarifas em resposta às sanções dos EUA, intensificando a disputa comercial global e gerando incertezas na economia mundial
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A China anunciou nesta sexta-feira (11) um aumento expressivo nas tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos, elevando a taxação de 84% para 125%. A medida, divulgada pelo Ministério das Finanças chinês e confirmada pela Reuters, representa uma resposta direta às recentes sanções comerciais impostas pelo governo de Donald Trump.
A escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo ocorre após Trump aumentar as tarifas sobre produtos chineses, alegando que o total de taxações contra o país asiático agora soma 145%.
“A imposição pelos EUA de tarifas anormalmente altas à China viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso, sendo um ato completamente unilateral de intimidação e coerção,” declarou o Ministério das Finanças da China em comunicado.
Além do aumento de tarifas, a missão chinesa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) apresentou uma nova queixa formal contra os Estados Unidos, contestando as medidas mais recentes adotadas por Washington. Segundo a representação, a China acusa os EUA de emitir uma ordem executiva anunciando um novo aumento das chamadas ‘tarifas recíprocas’ sobre produtos chineses.
Na quinta-feira (10), Trump elevou as tarifas sobre os produtos da China para 125%, número que inclui a nova alíquota de 84% anunciada pelo governo americano nesta semana e os 20% referentes à taxação sobre o fentanil. A China, por sua vez, reforçou que não cederá às pressões.
O governo chinês também defendeu as novas medidas como uma forma de proteger “a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento” do país, bem como de preservar “a equidade e a justiça internacionais”.
A disputa tarifária entre China e EUA se intensificou desde 2 de abril, quando Trump anunciou um pacote de taxas de 10% a 50% sobre produtos de 180 países. Desde então, os dois países vêm trocando sanções comerciais com elevações sucessivas nas tarifas.
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