PF investiga desvio de R$ 60 milhões na saúde e mira prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga

Operação Copia e Cola cumpre mandados de busca e apreensão em cidades de SP e BA, incluindo a prefeitura de Sorocaba e a casa do prefeito, em investigação sobre desvios de recursos da saúde

Caso de Politica com Polícia Federal – A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Copia e Cola, com o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e da Bahia. A investigação tem como alvo uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos destinados à saúde, com ramificações que atingem a Prefeitura de Sorocaba e seu polêmico prefeito, Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido por sua atuação nas redes sociais.

Entre os alvos da operação estão a sede da Prefeitura de Sorocaba, a Secretaria Municipal de Saúde, o gabinete e a residência do próprio Rodrigo Manga, o Diretório Municipal do partido Republicanos e a casa do ex-secretário da Saúde, Vinicius Rodrigues. Mais de 100 policiais federais participaram da ação, que cumpriu mandados em diversos municípios, incluindo Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo, Osasco e Vitória da Conquista, na Bahia.

A Operação Copia e Cola tem como foco o combate a fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) responsável por administrar serviços de saúde em Sorocaba. A investigação foi iniciada em 2022, após indícios de irregularidades nesse processo de contratação. A PF apura suspeitas de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e transações imobiliárias suspeitas.

Além dos mandados, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores que totalizam R$ 20 milhões, além da proibição de que a OS investigada seja contratada pelo poder público. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, contratação direta ilegal e frustração do caráter competitivo da licitação.

Rodrigo Manga, que ganhou popularidade nas redes sociais, especialmente no TikTok, ao divulgar projetos da administração municipal com vídeos considerados “engraçadinhos”, enfrenta agora as consequências de suas ações. Por trás do marketing digital, o prefeito acumula investigações criminais e já teve bens bloqueados pela Justiça.

Em maio de 2023, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) bloqueou os bens de Manga, do então secretário de Educação, Marcio Carrara, e da empresa Carthago, por supostas irregularidades em uma licitação para a compra de kits de robótica destinados a alunos do ensino fundamental. O MP afirmou que “tudo indica o ajuste de vontades entre prefeito, secretário da Educação, o dono da empresa Carthago e outros de sangrar os cofres públicos, notadamente as verbas da educação, para financiar um grupo com interesses escusos”.

Em 2024, Manga voltou a ser investigado em outro processo envolvendo a Lei de Licitações, com a Prefeitura de Sorocaba pretendendo adquirir kits educacionais de uma marca específica, no valor de R$ 13,2 milhões.

No mesmo ano, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a segunda fase da Operação Sepsis, que apura suspeitas de fraude em licitações, desvio de recursos públicos, uso de laranjas para ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, com estimativa de R$ 60 milhões desviados.

Além das investigações por corrupção, Rodrigo Manga foi acusado de racismo após publicar um vídeo que simulava uma abordagem da Guarda Civil Municipal (GCM), no qual apenas jovens pardos e negros eram detidos. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo e está sob investigação.

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