
Imagem: Reprodução da internet
Proposta que limita o uso de tração animal em Barreiras é elogiada por internautas, que relatam acidentes, abusos e defendem alternativas modernas como os “cavalos de lata”
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A apresentação do Projeto de Lei nº 159/2025 pela vereadora Thaislane Sabel (Republicanos), que propõe limites rigorosos ao uso de veículos de tração animal em Barreiras, provocou ampla repercussão nas redes sociais – com significativa adesão positiva da população.
Internautas relataram experiências traumáticas, apontaram os riscos à segurança viária e endossaram a necessidade de modernização no transporte de cargas leves e recicláveis, ainda feito por carroças puxadas por cavalos em diversos bairros da cidade.
A proposta legislativa, protocolada no último dia 25 de abril, busca proibir o uso abusivo de animais no transporte de pessoas, entulho da construção civil e mercadorias em geral. Permite, em condições específicas, apenas cargas de até 100 kg ou duas pessoas, desde que o animal esteja com laudo veterinário válido emitido pela Zoonoses. A circulação também seria restrita ao período entre o nascer e o pôr do sol.
“Rapaz, ela tinha que criar um projeto de acabar, não de limitar”, diz um dos comentários que ilustram a indignação da população.
Outro seguidor narrou um acidente grave causado por uma carroça:
“Ele puxou a carroça de vez, eu freiei a moto, ainda fraturei a clavícula.”
As manifestações, mesmo carregadas de emoção, apontam um entendimento crescente sobre os perigos da prática, tanto para o animal quanto para os condutores de veículos.
A crítica recorrente entre os usuários é sobre a imprevisibilidade dos animais em meio ao trânsito urbano, especialmente em vias estreitas e movimentadas, o que, segundo os comentários, contribui para acidentes e congestionamentos. Há também denúncias de abusos cometidos por carroceiros, como a sobrecarga em carroças de eixo único, que transferem todo o peso para o dorso do cavalo.
Thaislane argumentou em sua justificativa ao projeto de Lei que a proposta visa, sobretudo, combater os maus-tratos e incentivar uma transição responsável para alternativas sustentáveis, como os “cavalos de lata” – pequenos veículos motorizados que podem substituir o uso de animais.
O texto também prevê multas que variam de R$ 200 a R$ 1.000 e a possibilidade de apreensão do animal em caso de reincidência ou maus-tratos evidentes.
A proposta repercute como uma tentativa de aliar justiça social com ética animal, ao mesmo tempo em que atualiza a legislação para refletir as demandas de uma cidade em transformação.
“É um passo necessário para a proteção dos animais e a segurança da população. A tecnologia existe. O que falta é vontade de evoluir”, escreveu outro internauta.
A matéria segue para análise nas comissões da Câmara Municipal e já se configura como um dos projetos mais debatidos da atual legislatura, evidenciando que a causa animal, antes marginalizada, agora ocupa lugar de destaque na agenda pública e no imaginário social barreirense.
Até quando cavalos serão forçados a puxarem carroças no Brasil?
Mesmo em 2025, cavalos ainda percorrem ruas asfaltadas e sob sol escaldante puxando carroças, como se fossem máquinas – quando, na verdade, são seres vivos. A prática, lamentavelmente comum, está cada vez mais exposta por denúncias de maus-tratos e acidentes, como mostram relatos que se repetem a cada nova matéria sobre o tema.
Apesar disso, muitos ainda naturalizam a cena. A exploração animal, herança de um costume antigo, se mantém sob a ideia de que tudo que é útil ao ser humano pode ser legitimado. É comum ver cavalos com ferimentos, exaustos ou tremendo de dor. E embora alguns argumentem que é uma questão de sobrevivência para os carroceiros, já existem alternativas viáveis, como os chamados “cavalos de lata” — pequenos veículos motorizados apoiados por programas de financiamento e capacitação profissional.
A proposta ganhou apoio popular, que cobra uma proibição definitiva e medidas de justiça social para quem depende da atividade. Afinal, a mudança não precisa excluir ninguém – pode incluir com dignidade, tecnologia e compaixão.
Em verdade, se diversas cidades brasileiras já conseguiram dar fim às carroças, o que falta para que o país inteiro, – e no caso de Barreiras – avance junto? Até quando vamos aceitar que cavalos sejam condenados a uma vida de exaustão e sofrimento por hábitos que já não se sustentam nem moral nem tecnicamente?
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