
O interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, concede entrevista à Agência Brasil no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.
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Braga Netto, Anderson Torres, Mauro Cid e Freire Gomes ficam frente a frente nesta terça no STF; audiências podem acelerar julgamento sobre núcleo da trama golpista
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta terça-feira (24), em Brasília, dois confrontos diretos entre os principais nomes envolvidos na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
As acareações, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, colocam frente a frente os réus Mauro Cid e Braga Netto, além de Anderson Torres e o general Freire Gomes, cujos depoimentos à Polícia Federal apresentaram versões opostas em pontos considerados centrais.
O primeiro embate acontece às 10h, entre o tenente-coronel Mauro Cid — que firmou acordo de delação premiada — e o general da reserva Walter Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro por supostamente obstruir investigações. A defesa do general nega todas as acusações.
Entre os principais pontos de tensão estão a suposta reunião ocorrida em novembro de 2022 na casa de Braga Netto, onde teria sido discutido o plano “Punhal Verde e Amarelo”, e a alegada entrega de uma caixa de vinho contendo dinheiro no Palácio da Alvorada, com o objetivo de financiar atos antidemocráticos. Cid afirma que foi orientado a se retirar antes das tratativas mais sensíveis; Braga Netto nega que a reunião tenha ocorrido com esse teor.
Na sequência, às 11h, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres encara o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Gomes declarou que Torres participou de ao menos uma reunião em que se cogitou uma ruptura institucional, versão desmentida por Torres, outros militares e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. A defesa de Torres sustenta que o general não forneceu detalhes objetivos sobre a data, local ou participantes da reunião.
As acareações são consideradas etapas finais antes das alegações finais do processo, fase em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os advogados apresentarão seus últimos argumentos pela condenação ou absolvição. O julgamento poderá ser marcado logo após.
De acordo com o Código de Processo Penal, a acareação é utilizada quando há divergências substanciais entre versões apresentadas. O procedimento é realizado sob supervisão judicial e, no caso do STF, acontece a portas fechadas, com presença exclusiva dos envolvidos, seus defensores, o relator e a PGR.
A expectativa, segundo fontes do STF, é que os depoimentos desta terça consolidem a base para o desfecho do julgamento do chamado “núcleo duro” da articulação golpista.
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