
Com a entrega da primeira de 47 estações, iniciativa de produtores e Governo do Estado visa garantir o uso sustentável da água na fronteira agrícola; ações na feira também incluíram certificações ESG e compromisso de reflorestamento
Caso de Política com informações AIBA – O Oeste da Bahia deu um passo decisivo para a gestão hídrica de longo prazo com o início da operação da primeira estação de monitoramento em tempo real do Aquífero Urucuia, um dos maiores e mais estratégicos reservatórios de água subterrânea do Brasil.
A entrega simbólica da unidade ocorreu nesta terça-feira (10) durante a Bahia Farm Show 2024, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, e marca o pontapé inicial de um sistema integrado que contará com 47 estações de coleta de dados em toda a região.
A iniciativa visa fornecer informações técnicas e precisas para embasar políticas públicas e a tomada de decisão dos produtores sobre o uso sustentável da água, recurso vital para a agricultura irrigada que move a economia local.
O sistema é um desdobramento prático do Estudo do Potencial Hídrico do Oeste da Bahia, um ambicioso projeto financiado por produtores rurais, através da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), em parceria com o Governo do Estado e instituições de renome como a Universidade de Nebraska (EUA), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a UFRJ.
O monitoramento desse recurso essencial atende a normas internacionais e posiciona a Bahia como o primeiro estado brasileiro a adotar um sistema com esse grau de abrangência e precisão”, explicou Enéas Porto, gerente de Sustentabilidade da Aiba.
Ele detalha que, além do nível das águas subterrâneas, os pesquisadores analisam o regime de chuvas e o comportamento das águas superficiais para criar um modelo completo de gestão dos recursos hídricos.
O compromisso com a sustentabilidade foi o fio condutor de outras duas importantes ações anunciadas na feira. Durante a cerimônia, a Aiba firmou o termo de compromisso para o plantio de 35 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, em alusão aos 35 anos da associação.
Simultaneamente, a entidade celebrou a conquista de dois selos de certificação ESG: o Selo de Ecoeficiência, pela gestão de recursos, e o Selo de Biodiversidade, por suas práticas de conservação.
Para o presidente da Aiba, Moisés Schmidt, os avanços são resultado de um esforço coletivo.
“Esta certificação e o início do monitoramento são a celebração dos resultados concretos dos projetos desenvolvidos pelos produtores em parceria com o poder público e a ciência. Estamos caminhando em direção à sustentabilidade, garantindo que a produção agrícola se mantenha em equilíbrio com a preservação ambiental”, concluiu Schmidt.
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