
Fabiano Contarato (ao centro) com Hamilton Mourão, que será vice-presidente, e Alessandro Vieira, relator da CPI – Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
Comissão do Senado vai investigar a atuação de facções criminosas, milícias e possíveis infiltrações do crime organizado em órgãos públicos
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal, elegendo o senador Fabiano Contarato (ES) como presidente e Alessandro Vieira (SE) como relator, após uma votação apertada de 6 votos a 5. A escolha define o comando do colegiado responsável por investigar facções criminosas, milícias e a infiltração do crime organizado em instituições públicas.
A instalação ocorre em um momento de forte debate nacional sobre segurança pública, poucos dias após uma grande operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de cem mortes. A CPI deve se tornar um dos principais espaços de discussão sobre o tema no Congresso.
Tanto Contarato quanto Vieira são delegados de carreira e afirmaram que conduzirão os trabalhos com base técnica e transparência. “Nosso compromisso é investigar com rigor e propor soluções eficazes contra o crime organizado”, disse o presidente. Vieira reforçou que pretende manter a isenção e o foco em resultados concretos, destacando que a comissão não deve se transformar em palco político.
A CPI investigará a estrutura e o financiamento de organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de milícias e redes de lavagem de dinheiro. Também serão apurados o domínio territorial e prisional, as conexões regionais e internacionais e os indícios de infiltração em órgãos públicos.
Entre os objetivos da comissão estão a proposição de mudanças na legislação penal e financeira, com foco no fortalecimento das políticas de combate ao crime organizado. O prazo inicial de funcionamento é de 120 dias, podendo ser prorrogado conforme deliberação dos senadores.
A CPI é composta por 11 senadores titulares e sete suplentes. Entre os titulares estão Fabiano Contarato (presidente), Alessandro Vieira (relator), Hamilton Mourão (vice-presidente), Flávio Bolsonaro, Magno Malta, Otto Alencar, Angelo Coronel, Rogério Carvalho, Marcio Bittar, Marcos do Val e Jorge Kajuru.
Nos cargos de suplentes figuram Veneziano Vital do Rêgo, Sergio Moro, Randolfe Rodrigues, Eduardo Girão, Jaques Wagner e Esperidião Amin.
Com a definição de sua composição e liderança, a CPI inicia os trabalhos com o desafio de avançar nas investigações sobre o poder econômico e político das organizações criminosas e propor caminhos para fortalecer o sistema de segurança e justiça no país.
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