Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Com o término da janela eleitoral, a Câmara Municipal de Barreiras sofreu uma reconfiguração política, resultado das articulações entre o prefeito Zito e a base do governo estadual. Teoricamente, o governo municipal, que antes não contava com resistência aos seus projetos e contava praticamente com 19 parlamentares em sua base, agora se vê reduzido a 13, enquanto o número de representantes que devem se alinhar à oposição passou para seis.
Apesar do grupo de oposição ser numericamente menor, isso não significa que esteja sem força ou sem a capacidade de influenciar o cenário político local. Pelo contrário, mesmo com um número menor de parlamentares, a oposição – se unida – ainda possui voz e poder para fiscalizar as ações do governo, propor alternativas e cobrar transparência e eficiência na gestão municipal. Além disso, podem apresentar projetos de lei coletivos e indicações de obras e serviços que reflitam os interesses da população.
Durante o período da janela eleitoral, os parlamentares tiveram a oportunidade de trocar de siglas partidárias sem que isso resultasse na perda de seus mandatos. Um total de 13 vereadores optou por fazer essa movimentação, buscando alinhamentos políticos que melhor atendam aos seus interesses e aos interesses de seus eleitores.
Entre as mudanças partidárias, destacam-se algumas movimentações importantes:
- Adriano Stein: do PP para o PL;
- Eurico Queiroz Filho: do Republicanos para o União Brasil;
- Sobrinho: do MDB para o PDT;
- Hipólito dos Passos de Deus: do MDB para o PRD;
- Missionária Ivete Ricardi: do Avante para o Republicanos;
- Beza: do Avante para o PSB;
- João Felipe: do União Brasil para o PCdoB;
- Otoniel Teixeira: do PSD para o União Brasil;
- Rodrigo do Mucambo: do União Brasil para o MDB;
- Dr. Sileno: do PSD para o PL;
- Valdimiro José dos Santos Filho: do Podemos para o PDT; e
- Yure Ramon da Silva Cunha: do MDB para o PRD.
Alguns vereadores optaram por permanecer nos mesmos partidos, mantendo sua linha política:
- Alcione Rodrigues: União Brasil;
- Ben-Hir Aires de Santana: PSD;
- Carmélia da Mata: PP;
- Dra. Graça: Solidariedade;
- Rider Castro: União Brasil;
- Irmã Silma: Republicanos.
Essas mudanças e permanências refletem as estratégias políticas adotadas pelos vereadores em busca de maior alinhamento ideológico, apoio político e melhores condições para exercerem seus mandatos e conquistarem uma reeleição. No entanto, as negociações tanto do governo de Barreiras quanto das oposições ainda não se encerraram. Muita coisa ainda pode acontecer até o dia das eleições e mesmo antes, no período em que começarem as convenções partidárias, com impugnações, contestações e o protagonismo dos “famosos tapetões”, quando caciques políticos de instâncias partidárias superiores possam intervir em atendimento a interesses políticos supostamente maiores.
Uma outra questão que deve ser posta aqui, é que mesmo que determinados candidatos a reeleição de vereador estejam filiados a determinadas agremiações partidárias, isso não os impede de que sua atuação nos bastidores não seja contrária aos interesses políticos e eleitorais do grupo que atualmente comanda a cidade. A dinâmica política na Câmara Municipal de Barreiras seguirá em evolução, com novas articulações e debates acalorados, ou mesmo de bastidores.
Fazem parte da base de sustentação política do governo municipal até o momento, os partidos:
União Brasil, PL, PDT, PRD, Republicanos.
Entre as oposições, próximas ou alinhadas ao governo do estado, estão: PSD, PSB, PCdoB, Solidariedade, isso sem acrescentar os partidos que não dispõem de assento no parlamento, como é o caso do PV, PT e Avante.
No cenário da eleição majoritária em Barreiras, desenha-se neste momento, a possibilidade de cinco candidaturas, Otoniel Teixeira (União), Tito (PT), Emerson Cardoso (Avante), Danilo Henrique (PP) e Karlúcia Macêdo (MDB).
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