A recente polêmica que agitou as manchetes nesta semana, com alegações de assédio e homofobia na DPFauna, ganhou um novo capítulo que poderia facilmente ser descrito como um enredo de conto de fadas moderno.
Uma investigação minuciosa conduzida pelo Repórter ABC, respaldada por uma abundante documentação, revela que a prática conhecida como “Disciplina Consciente” – uma espécie de ritual de iniciação entre os membros da DPFauna – é muito mais comum do que se pensava inicialmente. Na verdade, registros dessas experiências podem ser encontrados em profusão nas redes sociais.
É importante salientar que Tales, o denunciante, foi demitido após revelar a conduta de seus colegas de trabalho, parece ter estado longe de ser um estranho a essa brincadeira peculiar. Ele demonstrou sua afinidade com a prática em postagens nas redes sociais, chegando ao ponto de elogiar, um mês antes dos eventos em questão, Celso Gatti como “o veterinário mais gato de Ribeirão Pires”. Isso sugere que Tales estava à vontade com a situação e mantinha uma relação íntima com seus colegas de trabalho.
“Hahaha, só para completar o vet mais gato de Ribeirão kkkkk”, disse Tales em complento
No entanto, a demissão de Tales foi justificada sob um manto de polêmica, com a empresa alegando que ele estava aproveitando sua posição de servidor público para obter vantagens pessoais. De acordo com a empresa, Tales estava envolvido em um caso legítimo de assédio e importunação, o que levou à elaboração de um Boletim de Ocorrência para proteger a privacidade dos envolvidos. A denúncia surgiu após ter sido reportada a um vereador local.
Ouça o áudio abaixo:
Diante da revelação do suposto ato de corrupção, Thales chegou a pedir desculpas, alegando que não tinha a intenção de prejudicar ninguém e questionando se poderia continuar a visitar a base e os animais.
“Luh, gosto muito de você. De verdade. Passando para te pedir desculpas. Eu acabei de chegar na Soborina. Eu jamais te prejudicaria. Bom, mais uma vez desculpas por ter ido com a viatura. Jamais quis desapontar você e perder sua confiança.”
Em outra mensagem de WhatsApp, Thales mencionou o vídeo do banho:
“Luh, você postou o meu vídeo. Ainda não. Está guardado… Postei o do Danilo. Blz. Se não estiver bom, repetimos.”
A prática controversa da “Disciplina Consciente” aparentemente é vista como uma forma de confraternização e camaradagem entre os membros da DPFauna. Isso ficou evidente durante um Curso de Manejo e Cuidados com Animais Peçonhentos ministrado para Agentes Ambientais de Mauá e Santo André, no qual os participantes passaram por aulas teóricas e práticas, culminando em um “banho de batismo” ao final.
No caso de Tales, que denunciou a suposta discriminação, ele aparece de forma descontraída e trajando seu fardamento. Conforme revelado em um vídeo, ele foi encorajado a participar do ritual, embora aparentemente não tenha provocado nenhum tumulto. No entanto, a controvérsia persiste, já que Tales parecia acreditar que era seu dever participar desse ritual, tornando-o um elemento central nesse intrigante quebra-cabeça.
Em resumo, o caso da demissão de Tales e a polêmica “Disciplina Consciente” praticada pela DPFauna lançam luz sobre um cenário complexo, onde a linha que separa a brincadeira da tradição e do assédio parece ser tênue. À medida que novos detalhes emergem e as opiniões se dividem, esse episódio continuará a alimentar discussões e debates na comunidade e na esfera pública. Mais um episódio curioso e intrigante da vida real, que nos faz questionar até onde vai o limite da camaradagem no ambiente de trabalho.
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