MP e PM da Bahia deflagram Operação Argento e prendem operador financeiro de facção criminosa nacional

Ação bloqueia mais de R$ 2 bilhões em bens de facção ligada ao tráfico de drogas e atinge 101 suspeitos

Do MP-Bahia, editado por Caso de Política – Em um esforço coordenado de combate ao esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio da Polícia Militar, cumpriu nesta quinta-feira (14) seis mandados de busca e um de prisão preventiva nas cidades de Vitória da Conquista e Urandi, no sudoeste baiano. A operação é parte da ‘Operação Argento’, deflagrada em quatro estados, e resultou na prisão de um dos principais operadores financeiros da facção criminosa investigada.

O preso em Vitória da Conquista é considerado um dos aliados mais próximos de Valdeci Alves dos Santos, chefe do esquema de lavagem e conhecido por vários apelidos, como Pintado e Tio. Valdeci, preso desde abril de 2022 no Sistema Penitenciário Federal, supostamente manteve o controle de suas operações criminosas por meio de parentes e comparsas de confiança, ampliando a lavagem de dinheiro através de empresas de fachada e investimentos em imóveis de luxo e cavalos de raça.

A ‘Operação Argento’, conduzida pelo MP do Rio Grande do Norte (MPRN) em conjunto com a Receita Federal (RFB), teve o objetivo de desestruturar financeiramente a facção criminosa, com o bloqueio de bens e valores superiores a R$ 2 bilhões, pertencentes a 101 indivíduos ligados ao esquema. Segundo o MPRN, a investigação analisou 468 contas bancárias, revelando movimentações de R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.

Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, joias, dinheiro e documentos que serão analisados para aprofundar as investigações. A ação é um desdobramento da ‘Operação Plata’, realizada em fevereiro de 2023, que já havia revelado parte da estrutura financeira da organização, resultando na prisão e condenação de diversos membros.

Além da Bahia, a operação realizou buscas e prisões nas cidades de Natal, Caicó, Parnamirim e Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte; em São Paulo e Campinas, em São Paulo; e Trairão, no Pará.

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