Internado às pressas com obstrução intestinal, ex-presidente é operado pela sexta vez no abdômen e afirma que quadro atual é o mais grave complicações da facada de 2018
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a uma nova cirurgia abdominal na manhã deste domingo (13), em Brasília. O procedimento ocorreu no hospital DF Star e teve como causa uma obstrução intestinal, condição que ele próprio atribuiu às sequelas da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
A internação emergencial aconteceu dois dias antes, na sexta-feira (11), quando Bolsonaro foi levado de helicóptero para uma unidade médica na capital do Rio Grande do Norte. Ele participava de um evento do PL em apoio à anistia dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Após apresentar dores abdominais intensas e distensão, foi transferido para Brasília em uma aeronave com suporte de UTI.
Bolsonaro na chegada ao hospital. Imagem da internet
A decisão de levá-lo à capital federal foi tomada por Michelle Bolsonaro. Segundo aliados, havia a possibilidade de encaminhamento para São Paulo, mencionada pelo próprio ex-presidente nas redes sociais. No entanto, a escolha por Brasília garantiu a presença de Michelle e do filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), durante o pós-operatório. Ambos residem na cidade.
Antes da cirurgia, Bolsonaro enviou uma mensagem a parlamentares aliados informando que o procedimento começaria às 8h e ainda estava ligado ao atentado de Juiz de Fora (MG). “Ao meu lado o bispo JB Carvalho e bons médicos e enfermeiros. Se Deus quiser tudo ocorrerá bem”, escreveu.
Pelas redes sociais, o ex-presidente detalhou o quadro clínico. Disse que o médico Cláudio Birolini classificou a situação como a mais grave desde o atentado que quase lhe custou a vida. “Talvez não tenha percebido a gravidade do caso na hora”, afirmou. No sábado (12), já havia declarado estar “internado às pressas”.
Esta é a sexta cirurgia no abdômen de Bolsonaro desde a facada de 6 de setembro de 2018. As complicações intestinais têm sido recorrentes desde então. Ao deixar o hospital em Natal, ele caminhava com dificuldade, usava um tubo nasal e era amparado por dois auxiliares.
A internação não impediu que o ex-presidente continuasse sua militância digital. Ainda no domingo, ele voltou a defender a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, criticando decisões judiciais e destacando o caso de Débora, uma das condenadas. Para ele, a redução da pena dela, de 14 para 10 anos, “continua sendo uma brutal injustiça”. “Imaginemos a cena: a Polícia Federal arrancando a Débora de casa, com seus filhos de 10 e 7 anos chorando”, escreveu.
A expectativa é que Bolsonaro permaneça sob cuidados nos próximos dias, com acesso restrito a aliados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desejou pronta recuperação ao ex-presidente e disse estar em oração.
A nova intervenção reacende o debate sobre o impacto prolongado do atentado de 2018 na saúde e no cenário político de Bolsonaro, cuja presença pública permanece ativa mesmo em meio a hospitalizações.
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