
Walter Delgatti e Carla Zambelli (Foto: Reprodução (Twitter))
Acusados negam envolvimento nos ataques cibernéticos ao Judiciário; julgamento virtual segue até 16 de maio, salvo interrupções
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira (9/5) o julgamento da ação penal contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, acusados de invadir ilegalmente sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsificados. A análise será feita no plenário virtual da Corte, com prazo até 16 de maio, salvo pedidos de vista ou destaque por parte dos ministros.
A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceita pela Primeira Turma do STF em maio de 2024, aponta que Zambelli teria sido a mentora da ação criminosa, enquanto Delgatti executou tecnicamente as invasões. Votaram a favor do recebimento da denúncia os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Segundo a PGR, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, foram invadidos seis sistemas eletrônicos do Poder Judiciário. Ao todo, 13 invasões teriam sido realizadas, com inserção de pelo menos 16 documentos falsos. Entre eles, constam um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes e ordens forjadas de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do mesmo magistrado.
O Ministério Público sustenta que os ataques visavam sabotar a credibilidade das instituições, adulterando dados sensíveis com finalidade política. A denúncia afirma que Zambelli abordou Delgatti entre agosto e novembro de 2022, oferecendo formalização de serviços parlamentares em troca do ataque cibernético.
Zambelli e Delgatti negam as acusações. O julgamento será conduzido em ambiente eletrônico, onde os ministros registram seus votos sem a realização de sessões presenciais. Caso não haja interrupções, a decisão final deve ser proferida até o dia 16 de maio.
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