
Com uma lista detalhada de falhas na educação e na saúde divulgada nas redes sociais, movimento denuncia negligência e cobra responsabilidade de todas as esferas do poder por uma vida digna para crianças com deficiência
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Armadas com um grito de urgência contra o que descrevem como “abandono, negligência e omissão”, famílias de crianças e adolescentes atípicos de Barreiras, organizadas pela Associação AMAB, irão realizar uma manifestação no próximo dia 16 de junho, a partir das 9h da manhã.
O ponto de encontro, em frente à Prefeitura Municipal, é o epicentro de uma cobrança que ultrapassa as fronteiras da cidade, mirando também os governos estadual e federal por uma “educação especial inclusiva de verdade e uma saúde digna”.
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O movimento não se contenta com promessas vazias. Em um manifesto contundente publicado em suas redes sociais, a AMAB trouxe a público a pauta detalhada das violações enfrentadas diariamente. Na educação, o texto expõe o que seria a falência do sistema inclusivo: as famílias denunciam a crônica falta de profissionais de apoio, como cuidadores, professores auxiliares e intérpretes de Libras, deixando os alunos à deriva.
Apontam ainda a exclusão de crianças que estão fora da escola por falta de estrutura e a ausência de formação técnica adequada do corpo docente para acolher estudantes atípicos, o que configura, segundo o grupo, uma “violação diária da Lei Brasileira de Inclusão e da Constituição Federal”.
Na mesma postagem, o cenário descrito para a saúde é igualmente desolador. A luta por dignidade esbarra na carência de especialistas essenciais na rede pública, como neuropediatras e psiquiatras infantis. As famílias enfrentam filas intermináveis por terapias, tratamentos interrompidos e verdadeiras odisseias em busca de diagnósticos e laudos. A situação chega ao extremo de muitos precisarem viajar para outras cidades ou estados, sem qualquer apoio público, comprometendo o desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças.
De forma estratégica, a AMAB faz questão de alargar o espectro da responsabilidade.
“Essa luta é municipal, estadual e federal”, crava o manifesto divulgado online.
Embora as cobranças se iniciem na Prefeitura, o movimento exige ações imediatas do Governo do Estado da Bahia, na forma de mais investimentos, e do Governo Federal, para que as políticas públicas inclusivas deixem de ser peças de ficção e cheguem de fato aos municípios.
A manifestação é, portanto, um ato de resistência contra a invisibilidade. É um lembrete contundente, pacífico, mas carregado de dor, de que por trás das estatísticas e dos processos burocráticos existem vidas que importam. Como resume a própria convocação nas redes sociais:
“Nós existimos. Nossos filhos importam”.
Serviço
- O Quê: Manifestação por Educação Especial Inclusiva e Saúde Digna
- Quando: 16 de junho
- Horário: A partir das 09:00 da manhã
- Local: Em frente à Prefeitura Municipal de Barreiras, BA
- Organização: Associação AMAB (Mães Atípicas de Barreiras)
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