
Durante sessão na Câmara de Barreiras, vereadora também destacou reabertura de escolas, cobrou pavimentação e convidou a população para tradicional caminhada de fé ao Senhor dos Aflitos
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A vereadora Dicíola Baqueiro fez um pronunciamento enfático na noite desta terça-feira (1º), durante sessão na Câmara Municipal de Barreiras, em que defendeu a urgência na aprovação do Projeto de Lei nº 229/2025, que trata da regulação das atividades funerárias e da reforma dos cemitérios públicos da cidade. A parlamentar também denunciou o que chamou de “censura prévia” às redes sociais e criticou setores da esquerda por, segundo ela, tentarem amordaçar vozes divergentes.
Dicíola abriu sua fala destacando duas indicações de sua autoria: a reabertura da Escola Municipal Dr. Antonino Sampaio e da Escola de Teatro, classificando ambos os espaços como fundamentais para a cultura, a diversidade e a educação da população barreirense. Também cobrou a pavimentação asfáltica da Rua Haiti, no bairro Boa Sorte, antes de abordar os temas centrais de seu pronunciamento.
Ao tratar da situação dos cemitérios, a vereadora evocou valores históricos, culturais e religiosos para justificar a necessidade de reformas.
“Os cemitérios são registros históricos de uma sociedade. São lugares de memórias que materializam a finitude da vida”, afirmou. Ela lembrou que o projeto de lei foi protocolado no dia 06 de junho e recebeu acolhida positiva do prefeito Otoniel Teixeira, por já constar de seu plano de governo.
Segundo Dicíola, o PL 229/2025 trata da organização do uso e da prestação de serviços funerários e sepulcrais em todo o município, abrangendo os cemitérios São João Batista, Jardim da Saudade, o de Barreirinhas, entre outros.
“É um reclamo antigo da população. Desde pequena, visitava o cemitério pulando sepulturas não edificadas, fugindo por falta de segurança. Queremos que esses espaços sagrados sejam respeitados”, declarou.
A vereadora ressaltou que o projeto atende também a uma demanda do servidor municipal Reginaldo, que a procurou com relatos sobre as condições precárias dos cemitérios.
“O luto é eterno, mas deve ser vivido com dignidade. Precisamos garantir que esses locais sejam respeitados por todas as religiões”, frisou.
Em seguida, Dicíola mudou o tom ao abordar o que considerou um ataque à liberdade de expressão nas redes sociais. Disse estar “perplexa” com iniciativas que, segundo ela, visam censurar conteúdos digitais e restringir o direito ao contraditório.
“Recebo com incredulidade esse movimento de partidos progressistas que, historicamente, sempre defenderam a liberdade de expressão. Amordaçar as redes sociais é um retrocesso”, declarou.
A parlamentar citou o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018) como instrumentos jurídicos já existentes para lidar com abusos na rede, sem que haja necessidade de novos mecanismos de controle.
Para ela, há um risco de uso político da censura.
“Se as leis existentes não funcionam, que se busquem meios eficazes de execução. Mas calar vozes críticas é uma forma ditatorial de silenciar os brasileiros”, denunciou, afirmando que o objetivo da censura pode ser “oculto e sombrio”.
Ao final de sua fala, Dicíola convidou a população a participar da tradicional caminhada religiosa ao Senhor dos Aflitos, evento que ela participa há 19 anos.
“Nunca deixei de caminhar, exceto quando a igreja não propiciou. Estaremos lá mais uma vez, com fé, com apoio e com a força da tradição”, disse, encerrando o pronunciamento com votos de bom feriado à população.
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