
Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg aponta aprovação sólida de Lula e rejeição majoritária à taxação imposta por Trump, reforçando o caminho da multipolaridade e a defesa da soberania nacional
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A mais recente pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, realizada entre os dias 11 e 13 de julho de 2025 com 2.841 entrevistados, revela um cenário de resiliência política para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio à tensão internacional provocada pela taxação unilateral de 50% sobre produtos brasileiros determinada por Donald Trump, Lula mantém um índice sólido de aprovação e vê sua política externa ser amplamente respaldada pela população, em um gesto de unidade nacional diante da agressão externa.
Aprovação estável e liderança reconhecida
Mesmo em um ambiente político polarizado, Lula mantém 49,7% de aprovação, sinalizando estabilidade em sua base de apoio. A variação mínima ao longo do tempo (P. 6) confirma a confiança contínua no governo.
No campo internacional, 60,2% dos brasileiros aprovam a política externa lulista, um crescimento expressivo que reflete a percepção de que o Brasil voltou a ocupar seu lugar com altivez no cenário global.
Essa visão é reforçada pela comparação direta com a gestão anterior: 61,1% acreditam que Lula representa o Brasil melhor que Jair Bolsonaro no exterior. Os dados indicam uma recuperação clara da imagem internacional do país, sustentada por uma diplomacia ativa e soberana.
Multipolaridade como escolha estratégica
A preferência por uma política externa não subordinada, que privilegia alianças entre países emergentes, também ganhou força. Para 38,1% dos entrevistados, os BRICS devem ser a prioridade do Brasil, endossando a opção do governo por uma ordem multipolar que valoriza a cooperação Sul-Sul e reduz a dependência de potências tradicionais.
Hostilidade de Trump é amplamente rejeitada
A medida adotada por Donald Trump foi classificada como “injustificada” por 62,2% dos brasileiros, reforçando a percepção de que a iniciativa tem motivação política.
Entre as razões apontadas para a taxação, destacam-se a retaliação à participação do Brasil nos BRICS (40,9%) e a influência da família Bolsonaro junto a Trump (36,9%), evidenciando um pano de fundo ideológico e revanchista.
Além disso, 50,3% consideram as justificativas de Trump uma ameaça direta à soberania nacional, sinal de que a população reconhece o caráter abusivo da ação e apoia uma resposta à altura.
A resposta do governo e o apoio à retaliação
A reação do governo Lula foi avaliada como “adequada” por 44,8% dos entrevistados, indicando que a maioria enxerga a postura do Brasil como firme, porém equilibrada.
Apesar do temor sobre os impactos econômicos — 48,6% preveem alto impacto e 70% acreditam que a inflação deve subir — a responsabilidade pelo possível prejuízo é atribuída majoritariamente à medida imposta por Trump, não à condução da política econômica interna.
O apoio à possibilidade de retaliação é significativo: 51,2% defendem aumentar tarifas sobre produtos americanos, enquanto 28,6% apoiam o estreitamento de laços com países rivais dos EUA, como a China.
A maioria, 47,9%, acredita que o Brasil ainda pode negociar a reversão das tarifas, demonstrando confiança na capacidade do governo de conduzir uma saída diplomática.
Rejeição a Trump e desgaste da imagem dos EUA
A hostilidade de Trump não afetou apenas sua imagem: 63,2% dos brasileiros têm uma impressão negativa do ex-presidente americano, número que cresceu nas últimas semanas.
Seu mandato também é reprovado por 59,9% dos entrevistados. Como reflexo direto da medida tarifária, a visão sobre os Estados Unidos tornou-se majoritariamente negativa: 50,5% veem o país com maus olhos, e 75,7% acreditam que a relação bilateral vai se enfraquecer com a política de Trump.
Conclusão: soberania reafirmada com respaldo popular
Os dados da pesquisa reforçam que o presidente Lula emerge fortalecido no cenário interno, justamente por manter uma postura soberana e estratégica diante da agressão externa. A rejeição popular às ações de Trump, a aprovação crescente da política externa brasileira e a percepção de que o governo age com equilíbrio e firmeza revelam uma rara convergência de apoio nacional em torno de um projeto diplomático autônomo.
A narrativa multipolar promovida pelo Planalto ganha consistência, enquanto a figura de Trump se desgasta e os EUA veem sua influência sobre a opinião pública brasileira diminuir. A mensagem é clara: o Brasil, sob a liderança de Lula, caminha com independência e dignidade.
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