
Donald Trump e Lula (Foto: REUTERS)
Após breve conversa na ONU, presidente brasileiro disse estar otimista para reunião mais ampla e destacou relação de respeito com o líder norte-americano
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24) que espera realizar em breve um encontro presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o breve contato que tiveram na véspera, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Lula ressaltou que a reunião poderá ser pública, sem temas sigilosos, e que pretende tratá-la de forma respeitosa, “como dois seres humanos civilizados”.
Segundo o presidente, a conversa poderá ajudar a esclarecer informações equivocadas repassadas à Casa Branca que levaram ao aumento de tarifas contra o Brasil. “Estou convencido de que as decisões do Trump se devem à qualidade das informações que ele tinha. Quando tiver as informações corretas, ele pode mudar de posição, e o Brasil também”, disse Lula.
Apesar da disposição para o diálogo, o presidente enfatizou que a soberania brasileira e a democracia nacional não estão em negociação. “Não podemos discutir soberania brasileira nem democracia. Isso não é discutível com Trump nem com nenhum presidente do mundo”, reforçou.
Lula afirmou que vê espaço para construir uma relação positiva com Washington, destacando que Brasil e EUA são “as duas maiores democracias do continente” e compartilham diversos interesses. “Não há por quê viver em conflito com os Estados Unidos. Temos muito a conversar e a discutir sobre a necessidade de garantirmos a paz”, disse.
O petista declarou respeito a Trump, independentemente da ideologia do republicano. “Se um chefe de Estado foi eleito por seu povo, merece meu respeito. O que importa é tratarmos dos assuntos que interessam à relação Brasil-EUA”, afirmou.
O presidente também citou a fala de Trump sobre a “química” entre os dois líderes como um sinal positivo. “Fiquei feliz quando ele disse isso. Torço para que dê certo”, acrescentou.
Sem pressa, mas otimista
Lula disse não ter pressa para marcar a reunião e afirmou que a definição da data dependerá também da agenda de Trump. “Não vou antecipar resultados. Vou tratá-lo com o respeito que merece como presidente dos EUA, e ele vai me tratar como presidente do Brasil, dois homens de 80 anos”, declarou.
Ao final, sinalizou otimismo. “Estou convencido de que podemos construir uma pauta positiva. Espero que aconteça o mais rápido possível”, concluiu, em tom conciliador, mas deixando claro que não abrirá mão dos interesses brasileiros.
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