
Em vídeo, professor Theo Araújo Santos declama versos que alertam sobre conspirações e traições, escritos pelo poeta visionário Antônio Gaudino antes de sua partida
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em meio às manifestações que tomaram as ruas do Brasil no 7 de setembro, um poema de Antônio Galdino, poeta e membro da Academia Barreirense de Letras (ABL), voltou a ganhar repercussão. Considerado como seu último escrito, o texto foi declamado em vídeo pelo professor e acadêmico da ABL, Theo Araújo Santos, e tem circulado amplamente nas redes sociais.
Gaudino, que nos deixou em 28 de novembro de 2024, aos 71 anos, deixou uma obra marcada pela contundência e pela defesa da liberdade. Neste poema, sua voz ressurge como alerta contra conspirações e traições, em versos que apontam para os perigos da permissividade e para a necessidade de vigilância constante diante de ameaças à democracia.
“Este poema de Gaudino é um farol em tempos sombrios”, declarou o professor Theo Araújo Santos no vídeo. “Suas palavras são um chamado à responsabilidade e à coragem para defendermos a democracia, sem ceder a anistias ou esquecimentos.”
A circulação do vídeo coincidiu com atos que reunem brasileiros em defesa das instituições democráticas e contra a impunidade de golpistas. Para muitos, as palavras do poeta soam como um chamado urgente à ação e à memória coletiva, num país ainda marcado por disputas intensas em torno da anistia, da responsabilização e do futuro político.
Íntegra do poema:
Eis o alerta: conspiração sem perdão!
Todo cuidado ainda é pouco com quem é conspirador.
Nem o anistião tão pouco:
Seu ranço é de vingador.
Gente perniciosa,
Se é conspirador, é mal.
Tem índole perigosa:
É traiçoeiro e letal.
Segunda chance não terá!
Cortem-no pela raiz,
Pois se ao poder retornar,
Volta a fazer o que diz.
Os que foram fizeram,
Ao voltarem, a mesma sanha.
Pois é só com o que eles querem:
É trucidar com façanha!
Reflexão e contexto político
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O tom profético do poema encontra ressonância direta no Brasil de hoje. As manifestações recentes evidenciam uma sociedade dividida entre o desejo de reconciliação e a exigência de justiça. O alerta de Galdino contra a indulgência com conspiradores dialoga com o debate atual sobre punições e anistias para aqueles que atentaram contra a ordem democrática em 8 de janeiro de 2023.
A contundência dos versos expõe um dilema: até que ponto a democracia pode ser tolerante com aqueles que a querem destruir? Para muitos manifestantes, o recado do poeta reforça a necessidade de cortar pela raiz as práticas que ameaçam as instituições, sob pena de repetir ciclos de golpes, traições e retrocessos que marcam a história brasileira.
Assim, a poesia de Gaudino, agora declamada por Theo Araújo Santos, se converte em instrumento político e cultural, mobilizando consciências e convocando a sociedade à defesa da democracia – não apenas como ideal, mas como prática de resistência cotidiana.
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