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Atualização técnica reflete inflação mais baixa e aplica limite de ganho real previsto no arcabouço fiscal, mantendo valorização do piso com responsabilidade nas contas públicas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governo federal revisou as contas e agora projeta que o salário mínimo de 2026 será de R$ 1.627. O valor ficou R$ 4 abaixo da estimativa anterior, após a equipe econômica reduzir a expectativa de inflação para este ano – um movimento que ajusta o cálculo do piso às condições reais da economia.
Mesmo com a revisão, o salário mínimo continuará a subir em relação aos atuais R$ 1.518, preservando a política de valorização adotada pelo governo. A definição final depende do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro, que será divulgado no dia 10 de dezembro e servirá como referência oficial para o reajuste.
A atualização foi comunicada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Efraim Filho. No mesmo documento, o governo também revisou as projeções para os próximos anos, agora estimando R$ 1.721 para 2027, R$ 1.819 para 2028 e R$ 1.903 para 2029 – todos valores ligeiramente menores que os previstos originalmente pelo PLOA, seguindo a mesma lógica de adequação à trajetória mais branda da inflação.
O salário mínimo tem peso decisivo nas contas públicas, pois atualiza automaticamente benefícios como aposentadorias do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A política de valorização combina o INPC e o crescimento do PIB de dois anos antes. Embora a economia tenha avançado 3,4% no ano passado, o arcabouço fiscal limita o ganho real a até 2,5%, evitando aumentos abruptos nas despesas obrigatórias e garantindo estabilidade ao planejamento financeiro do Estado.
Com a divulgação oficial do índice de novembro, o governo fechará o valor definitivo do piso de 2026. O cálculo permitirá ajustar as projeções orçamentárias, aferir o impacto final sobre benefícios previdenciários e assistenciais e dar previsibilidade aos trabalhadores e aos gestores públicos.
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