Após leve precipitação, aterro cede e ameaça casas; moradores e técnicos apontam riscos e falhas estruturais
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma leve chuva na noite desta terça-feira (15/10) expôs sérios problemas na obra da Avenida Enock Ismael, localizada na Serra do Mimo, em Barreiras. O aterro de terraplenagem, feito para sustentar a nova via, começou a ceder, ameaçando as casas próximas. Moradores registraram o momento em vídeo, mostrando o deslizamento de terra em direção às residências. As imagens, enviadas ao Portal Caso de Política, revelam a gravidade da situação, mesmo com a pouca chuva.
“Nem choveu direito e o aterro já está cedendo! Fizeram isso só por causa da política”, desabafa um morador no vídeo.
A obra, já criticada anteriormente, recebeu novas denúncias de problemas estruturais. Dias antes, um técnico da área de engenharia, que preferiu não se identificar, havia visitado o local e alertado sobre o uso inadequado de material no aterro. Ele destacou que o solo utilizado “não dá liga” e não serve para compactação adequada, sendo extremamente vulnerável à erosão.
De acordo com o técnico da área que conversou com o Portal Caso de Política, o material escolhido para o aterro não dá liga e não deveria ter sido compactado no aterro feito
“O material é muito solto e não compacta de maneira eficiente. Isso aqui não vai segurar quando vierem chuvas mais fortes”, alertou o técnico.
Além das falhas na escolha do material, o especialista apontou outros problemas graves na execução da obra. A remoção da vegetação natural, que antes ajudava a infiltrar a água da chuva, fez com que as águas agora corram diretamente sobre o asfalto, carregando sedimentos e aumentando o risco de deslizamentos.
“A água vai descer em grande volume, sem nenhum tipo de contenção, levando o solo e atingindo as áreas mais baixas, onde ficam as moradias. O risco de um desastre é real”, afirmou o técnico.
A falta de um sistema eficiente de drenagem foi outro ponto levantado pelo especialista. Ele observou que os tubos instalados são muito pequenos para o volume de água que desce da serra, o que pode causar alagamentos e erosões.
“Se não corrigirem, essa obra pode custar vidas”, alertou, destacando também a urgência de uma fiscalização mais rigorosa e de medidas imediatas para evitar tragédias.
A Avenida Enock Ismael, que promete desafogar o trânsito na região, vem sendo alvo de críticas não só pela execução acelerada, mas também pelos impactos ambientais e riscos à segurança dos moradores. Enquanto a população e especialistas cobram respostas, a obra já começa a dar sinais preocupantes de que pode não suportar a próxima temporada de chuvas, se as falhas não forem corrigidas a tempo.
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